A expressão empoderamento feminino está cada vez mais frequente nas conversas e debates. A sociedade passa a discutir de maneira mais ampla e aprofundada a presença e a importância da mulher em várias de suas esferas. Esse foi o tema central do evento “Elas por Elas”, ocorrido nos dias 31 de março e 1º de abril no Village Mall, no Rio de Janeiro, que reuniu figuras femininas de destaque para debater o assunto em diferentes mesas.
A presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, Elsa Giugliani, foi uma das convidadas da mesa-redonda “Amamentação em público e nas empresas”, no dia 1º de abril. Na ocasião, representantes da sociedade debateram sobre o tema, abordando assuntos diversos tais como falta de espaço adequado para ordenhar o leite nos locais de trabalho e escolas, dificuldades na amamentação, amamentação de crianças maiores de dois anos, amamentação simultânea de irmãos com idades diferentes, entre outros. Além de dra. Elsa, participaram dessa mesa a chef e apresentadora Bela Gil e a professora Simone de Carvalho, da Universidade de Campinas (Unicamp). A mediadora do debate foi a diretora de redação da Revista Crescer, Daniela Tófoli.
RELATO – Bela Gil contou que não foi fácil começar a amamentar os filhos, Flor, hoje com sete anos, e Nino, dez meses. “Era difícil dar de mamar, meu peito rachou na amamentação dos meus dois filhos Flor e Nino. Nas duas vezes, foram dez dias de sofrimento. A forma de aliviar foi tirar leite com a bombinha. Acho que persistência é o segredo porque depois vale muito a pena, é uma sensação muito boa”, contou a apresentadora *.
Dra. Elsa ponderou que muitas dificuldades na amamentação, incluindo traumas mamilares como os que Bela Gil teve, podem ser prevenidas. Para isso, a mulher precisa ser orientada por um profissional de saúde com competência para tal, de preferência já no acompanhamento pré-natal.
Em sua apresentação, a dra. Elsa falou sobre as vantagens individuais e coletivas decorrentes da amamentação e defendeu sua prática como forma de prevenir doenças, promover a saúde de crianças e trazer ganhos em escala. “Quanto mais a mulher amamenta, menor é a chance de ela vir a desenvolver câncer de mama ao longo de sua vida”, explicou a especialista.
Ao ser questionada por uma mãe que amamentou dois dos seus filhos por mais de dois anos, sendo muito criticada por isso, Dra. Elsa argumentou que a recomendação da duração do aleitamento materno preconizada pela Organização Mundial da Saúde e seguida pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Pediatria é de dois anos ou mais, não havendo uma data limite para o desmame. “O ideal é que o desmame seja natural, ou seja, que a criança se autodesmame, o que ocorre, em média, entre três e quatro anos de idade da criança”, destacou.
*Com informações do site da Revista Crescer
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