Movimentos de mães defendem o ‘autodesmame’

Publicado em 01 de agosto de 2017 – por Clarissa Pains  

Após sua primeira gravidez, a designer gráfica Ana Basaglia interrompeu a amamentação, mesmo contra sua vontade, quando o filho tinha 8 meses — por recomendação do pediatra que os acompanhava. Seu segundo bebê foi desmamado ainda mais cedo, aos 5 meses. Foi apenas na terceira gestação, ao procurar orientações de outro pediatra, que Ana conseguiu estender o aleitamento até os 3 anos de idade de sua caçula, Gabriela. Esta foi a única vez que ela experimentou uma “amamentação plena”, como ela define.

(...) — Não existe data limite [para se amamentar] — enfatiza Elsa Giugliani, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). — Acredita-se que, para a espécie humana, o período de aleitamento seja entre 2 e 4 anos de idade, quando a criança se “autodesmamaria”. É um processo natural, porque chega uma hora em que tanto a mulher quanto a criança perdem o interesse. Mas o quanto isso puder ser estendido, melhor. Enquanto a criança recebe o leite materno, ela ganha anticorpos que a protegerão contra diarreia, alergias e infecções respiratórias. Além de evitar a obesidade.  

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