Os estudantes de medicina que acessarem o site da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em busca de informações mais detalhadas sobre a especialidade contarão com uma importante ferramenta: uma página dedicada inteiramente a eles. De forma objetiva, os interessados terão acesso às premissas e diretrizes ao ensino da pediatria e às competências que devem ser desenvolvidas nos profissionais que pretendem se dedicar aos cuidados da população com idade até 19 anos, entre outros pontos.
ACESSE AQUI O HOTSITE ENSINO DE PEDIATRIA NA GRADUAÇÃO
“Ao criarmos essa plataforma, avançamos em nosso objetivo de ampliar a interação da Pediatria, como especialidade, com os alunos anos de graduação das faculdades de medicina. Será um importante ao trabalho já realizado por meio das Ligas Pediátricas, ajudando a conscientizar os estudantes sobre os desafios na formação dos especialistas”, ressaltou a presidente da SBP, dra Luciana Rodrigues Silva.
O hotsite “Ensino de Pediatria na Graduação” é dividido em quatro seções. Há uma mensagem - assinada pelas pediatras dras. Rosana Fiorini Puccini, Angélica Maria Bicudo, Rosana Alves, Silvia Wanick Sarinho e Suzy Santana Cavalcante – na qual se aborda o avanço nas ciências, sobretudo do século XX, o que determinou mudanças significativas no perfil de morbidade e mortalidade das populações de todos os países do mundo, ressaltando as particularidades encontradas na pediatria.
“A pediatria apresenta, adicionalmente, algumas particularidades – o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento, as mudanças e especificidades observadas do recém-nascido à adolescência, a relação médico – paciente que inclui quase sempre a mediação do adulto (em geral a mãe), as diferentes linguagens que compõem a comunicação”, dizem as autoras.
Na seção “O ensino da pediatria no início do século XXI”, o leitor poderá visualizar uma retrospectiva sobre o ensino médico no País, dede o surgimento das primeiras escolas de graduação em medicina no Brasil até o recente fenômeno de expansão de novos cursos, sempre com um olhar sobre o papel da pediatria nesse contexto. “Em nosso País, é reconhecida a histórica articulação e contribuição da pediatria junto aos serviços públicos de saúde, seu papel na elaboração de políticas públicas, sua abertura à incorporação de conceitos e preocupações do campo da saúde coletiva, em especial ao princípio da integralidade na atenção à saúde”, ressalta trecho do artigo.
Em “Premissas e diretrizes” é possível entender as competências necessárias para o egresso do curso médico realizar um bom atendimento à criança e ao adolescente. Segundo o texto publicado, “em 2002, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) organizou o estudo ‘Ensino de pediatria em escolas de medicina da América Latina’, com participação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), com levantamento de dados nas Unidades de Pediatria de 194 escolas médicas. O enfoque da OPAS, à época, era a implantação da Estratégia Atenção Integrada das Doenças Prevalentes na Infância (AIDIP), com objetivos de diminuição da morbimortalidade (Benguigui, 2003)”.
Finalmente, a página traz também as competências a serem adquiridas pelo estudante de medicina na área de pediatria durante a graduação seja na Atenção Básica; Área Ambulatorial Secundária; Internações hospitalares; Pronto-Socorro; Simulação para Segurança do Paciente; e Radiologia.
Por exemplo, na Atenção Básica é informado ao estudante a necessidade do pediatra ter percepção e a análise crítica do sistema atual quando inserido na rede básica do Sistema de Saúde; possuir desenvolvimento do raciocínio clínico, da compreensão do processo diagnóstico e terapêutico e da prática da relação médico-paciente, em situações de atendimento primário em saúde da criança e do adolescente; e compreender a interação entre o social e o individual, recuperando os determinantes coletivos dos problemas individuais e as questões individuais dos problemas coletivos e de suas soluções; entre outros itens.
Por sua vez, na área de urgência e emergência, o estudante aprende que o pediatra deve estar preparado para realizar anamnese sumária e dirigida, conforme disposto na folha de atendimento da unidade e nos prontuários do hospital; ser capaz de formular hipóteses diagnósticas etiológicas; e de fazer procedimentos como sutura, drenagem de abscesso; bem como de formular esquema terapêutico adequado.
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