Caros colegas,
A mulher tem percorrido um longo caminho para ocupar seu merecido espaço na sociedade. É um marco nessa trajetória a criação do Dia Internacional da Mulher, em 1911, dedicando-se o Dia 8 de Março à reflexão sobre os avanços na defesa dos seus direitos e os obstáculos que devem ser superados para que eles sejam exercidos totalmente.
Em pleno século 21, infelizmente, ainda há muito a ser feito. Ao contrário do que tanto se sonhava, em décadas passadas, a relação entre homens e mulheres ainda é marcada pela desigualdade de oportunidades, a discriminação pelo gênero, a violência gratuita – que não raras vezes resulta em crimes brutais – e o silêncio ensurdecedor com respeito a esses abusos. Leia a mensagem na íntegra.
Os tempos são outros, mas o desafio de ser mulher permanece. Números atestam: no Brasil, a média salarial feminina corresponde a 74,5% da média salarial masculina (Pnad 2014) e, quando o assunto é oportunidade, a lógica da equação é a mesma. De acordo com o Censo de 2010, as mulheres representam 58% das pessoas que acessam a universidade no Brasil – apesar disso, apenas 2% delas chegam a cargos de presidência, numa amostra que envolve as 250 maiores empresas do país. A informação é da consultoria Bain & Company.
Quando componentes geracionais e de raça entram em cena, o que se vê é ainda mais preocupante. Negras encontram mais dificuldades pelo caminho. Mulheres mais velhas, também. Seja como for, algo as une: o direito de ser quem se é para buscar a realização de seus sonhos. É neste contexto que manifestamos o desejo de que cada mulher possa empoderar-se, vestir-se de si. Firmamos, também, nosso chamado para o respeito. Respeite a mulher. Respeite a mulher pediatra. Vamos construir, juntos, uma pediatria de respeito!