Roberto Moreira Nunes da Silva (Titular)


NASCIDO EM 23/03/1935 em Olinda PE

FILIAÇÃO: Rafael Fernandes Nunes da Silva e Lucrécia Moreira Nunes da Silva

Estado Civil: casado com Djenane Theresa Didier Nunes da Silva – 4 filhos

Educação Básica: Curso primário e ginasial – Colégio Marista de Recife – Curso Colegial – Colégio N. S. do Carmo de São Paulo.

Curso Médico 1958/1963 na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Curso de especialização em Pediatria – 1964 – IMIP

Membro do Grupo de Estudos da Desnutrição da SBP - 1970/1974         

Aprovado por provas e títulos como Professor Adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco- 1976

Considerado Notório Saber pela Câmara de Pesquisa e Pós-graduação da UFPE - 1981

Atividades Docentes:

Responsável pela Disciplina de Pediatria Social do Mestrado de Pediatria da UFPE (0brigatória) 1981/2003

Responsável pela Disciplina de Pediatria Social do Doutorado em Medicina da UFPE (Opcional) 2004/2005

16 teses orientadas – 24 participações em bancas examinadoras de teses de mestrado e doutorado – 4 participações em banca examinadoras de concursos para auxiliar de ensino na UPE

Atividades de Pesquisa:

Investigação Interamericana de Mortalidade na Infância – OPAS 1967/1972 – Médico entrevistador

Mortalidade em Menores de 5 anos – 1974/1975 – SUDENE – Autor e executor

Auxograma de 1200 alunos de escolas públicas – 1976 - MEC – Autor e executor

Programa Integrado de Nutrição e Saúde – 1977/1982 – INAN/BANCO MUNDIAL – Autor e Executor

Currículo Paralelo dos Estudantes de Medicina da UPE- 1990/1991 – FACEPE - Autor – Executado por Dr. Otávio Valença (Dissertação de Mestrado – FMUSP)

Conhecimento e atitudes de alunos da rede pública sobre AIDS – FACEPE – 1996 – Autor – Executado por Dr. Selma Figueroa (Dissertação de Mestrado (UFPE) - Orientador

Atividades de Consultoria:

PANAMERICAN HEALTH ORGANIZATION – 1971

PANAMERICAN HEALTH ORGANIZATION- 1972

MINISTÉRIO DE SAUDE- PROGRAMA MATERNO-INFANTIL -1974 (Dalva Sayeg)

INSTITUTO NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO- II PRONAN - 1975

UNICAMP – 1975 - (José A. Pinotti)

IPEA – PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DE AÇÕES DE SAÚDE E SANEAMENTO - PIASS – 1975 (Eduardo Kertész)

Honrarias

Paraninfo da Turma de Dezembro/1990 FCM/UPE

Professor Homenageado – Pesquisa 1995/FCM/UPE

Homenagem da Sociedade de Pediatria de Pernambuco - 2003

Medalha de São Lucas -2002 – CREMEPE/SIMEPE/ACADEMIA DE MEDICINA PE

Medalha de Mérito Educacional Correia Picanço -2008

Medalha de Mérito José Mariano – Câmara Municipal do Recife – 2008

Medalha da Secretaria Estadual de Saúde - classe Ouro – 1974

Eleito para a Cadeira nº 25 da Academia Brasileira de Pediatria – 1996

Professor Emérito da Universidade de Pernambuco - 2005

 

            Eu tinha 13 anos quando, em uma aula sobre o corpo humano e suas células, descobri minha futura profissão; eu iria ser médico. Quando atingi esse objetivo, em 1963, diplomado pela Faculdade de Medicina UFPE, surgiu-me outra indagação: que tipo de médico eu deveria ser.

            A escolha da especialidade foi o mais fácil pois durante o internato fiz o rodízio de Pediatria na disciplina do Prof. Fernando Figueira onde encontrei uma plêiade de extraordinários professores.

            O problema era o tipo de profissional que deveria ser o pediatra.    Gostar de crianças e adolescentes era o primeiro passo, mas verifiquei que mesmo que que a cura fosse a meta buscada, o atendimento do pediatra deveria incluir compreensão, alívio, consolo, tranquilização, tanto para os pacientes, quanto para seus familiares. Frente ao paciente, além de sua ação tecnológica, o pediatra deveria ainda atuar como professor, confidente e às vezes como pai, transformando-se ainda numa espécie de “Consultor Familiar Preventivo de Saúde”.

            Participando de pesquisas comunitárias, comecei a identificar um tipo de paciente que chamei de inválido social: exige-se dele que contribua para o crescimento da sociedade, que cumpra suas leis, mesmo sem ter acesso ao mínimo necessário para o exercício da cidadania plena: direito aos bens e serviços básicos.

            Esse conceito tornou-se mais concreto, quando fui eleito como representante do Nordeste, no Grupo de Estudo sobre a Desnutrição da SBP, chefiado pelo prof. Fernando Nóbrega. Nesse grupo continuei meu aprendizado, junto com algumas das maiores figuras, na época, da pediatria brasileira, Nóbrega, Marcondes, Azarias, Azor, Júlio.

            Dentro da Pediatria Social elaborei o Programa Integrado de Nutrição e Saúde, financiado pelo Banco Mundial, que proporcionou subsídio alimentar para 10.000 famílias residentes nos bairros de Beberibe, Casa Amarela e Encruzilhada (cerca de 56.000 pessoas).

            Escrevi em 1981 o capítulo Nutrição Comunitária, do livro Desnutrição Intrauterina e Pós-natal do Prof. Fernando Nóbrega onde relatei meus sete anos de experiência nesse assunto.

            Durante todo o meu aprendizado de vida, fui consolidando alguns conceitos, aprendendo outros e obtendo respostas a questões que ainda me incomodavam. Todavia, enquanto a obtenção de novos conhecimentos crescia segundo uma progressão aritmética, minha ignorância crescia segundo uma progressão geométrica.

            Nos meus 8/10 últimos anos como professor, senti que havia cometido um equívoco durante muitos anos. Em vez de ministrar conhecimentos, que os alunos poderiam obter de livros ou mais recentemente da internet, deveria ter ensinado a eles como pensar, ou seja a utilização do conhecimento. Não O QUE e sim O COMO utilizar o conhecimento.

            Utilizei essa nova maneira de ensinar no Mestrado de Pediatria e talvez por esse motivo, ex-alunos, quando assumiram cargos na Sociedade Pernambucana de Pediatria, tenham indicado meu nome para participar do então Conselho Acadêmico, hoje ABP.

            Isso fez com que as palavras finais de meu discurso de paraninfo em 1990, então intuitivas, tornarem-se hoje finalmente adequadas:

            “Como ser humano, desejo e espero que vocês sejam felizes. Como médico, desejo e espero que vocês façam seus pacientes felizes.”

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