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Pela proibição dos andadores

A campanha pelo banimento do andador infantil, promovida pela SBP, visa proteger as crianças dos riscos aos quais ficam expostas ao usarem esse aparelho que não traz nenhum benefício, e que, comprovadamente, ameaça sua integridade física e até mesmo sua vida.

Andador: perigoso e desnecessário!

A Sociedade Brasileira de Pediatria volta a chamar a atenção de todos para que continuem engajados numa das ações pela proteção da criança brasileira: o banimento completo dos andadores do nosso meio!

O motivo deste novo contato é reavivar a mobilização dos pediatras, já que a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados do Congresso Nacional está prestes a apreciar o Projeto de Lei 4926/2013, que, em sintonia com a posição oficial da Sociedade Brasileira de Pediatria, determina que fique expressamente proibida a fabricação, venda e utilização de andadores infantis em todo o território nacional.

Todo pediatra sabe perfeitamente que, segundo as melhores evidências científicas, o andador é um equipamento que só traz prejuízos, seja pela sua absoluta inutilidade no processo de aquisição da marcha, mas sobretudo pelos grandes riscos à segurança (que incluem não só os riscos de traumatismos cranianos ? potencialmente letais ?, mas também de queimaduras, intoxicações e até afogamentos).

Em vista dos riscos consideráveis e da total falta de evidências de qualquer benefício associados aos andadores, muitas entidades voltadas para a atenção à saúde da criança têm recomendado a proibição da sua produção e venda. Informações mais detalhadas podem ser obtidas nos relatórios da Academia Americana de Pediatria  e na declaração conjunta da European Child Safety Alliance e da ANEC. Entretanto, até o momento, o Canadá foi o único país a estabelecer a proibição da venda e utilização de andadores, com multa prevista para os infratores.

A Sociedade Brasileira de Pediatria, por meio do seu Departamento Científico de Segurança, conclama os pediatras brasileiros a manterem ativa a campanha contra os andadores no Brasil.

Recomendações de ação aos pediatras

1) Entre em contato com os deputados federais aos quais você tenha acesso, enfatizando a posição da SBP e dos pediatras em defesa da segurança das crianças brasileiras.

2) Inclua na orientação antecipatória das consultas de puericultura, a partir do período neonatal, a contraindicação enfática ao uso de andadores.

3) Recomende que todas as famílias leiam a posição da SBP, disponível no site “Pediatria para famílias” [clique aqui].

4) Para as famílias que começarem a consultar com bebês que você não acompanhou desde o nascimento, pergunte se possuem andador e, em caso positivo, recomende a sua destruição.

5) Certifique-se de que não há andadores nos seus locais de trabalho, como hospitais e creches.

6) Envolva-se na divulgação em todos os meios de comunicação dos riscos do uso de andadores e por que devem ser banidos.

7) Notifique à SBP os casos de traumatismos causados por quedas de andador ou de alguma forma relacionados com o seu uso [clique aqui].

Histórico

Desde o início de 2013, a SBP e outras instituições realizam um amplo movimento para banir o uso dos andadores, exigindo providências das autoridades e divulgando para as famílias que são equipamentos perigosos e desnecessários. A partir daí, projetos de lei começaram a tramitar no Congresso Nacional – um deles por iniciativa da Sociedade, juntamente com o senador Paulo Davim, do PV, do Rio Grande do Norte, outro do deputado Jorginho Mello, do PR, de Santa Catarina –, e também em diferentes casas legislativas, como é o caso da proposta do deputado Chico Sardelli, do PV, de São Paulo e da que foi apresentada na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte, pelo vereador Tarcísio Caixeta, do PT. A diretoria da Sociedade Mineira de Pediatria, a presidente do Departamento Científico de Segurança da SBP, Marislaine Lumena, e representante do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG se reuniram com o vereador.

Repercussão

Pediatras lançam campanha contra andadores (Rádio CBN, Jornal CBN 2ª edição, 21/01/2013. Entrevista com dra. Renata Waksman, Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da SBP)