Para decidir bem, as crianças precisam de exemplo, ensino e autonomia.
As crianças e adolescentes são seres humanos de pouca idade e em crescimento e desenvolvimento, portanto em continua aprendizagem. São sujeitos de direitos.
Quando aprendem os valores e princípios para conduzir suas vidas, aprendem a decidir entre o que querem, o que podem e o que devem... fazer, ler etc.; entre o que é bom e o que é mau; a diferença entre bem e mal e entre certo e errado; enfim, aprendem a ter ética, a ser éticas em sua prática – a moral –, aprendem a comportar-se. Em meio século de profissão dedicado a seus cuidados, desconheço criança antiética!
Para decidir bem, as crianças precisam de exemplo, ensino e autonomia. Devemos demonstrar às crianças nosso apoio e apreço ao que já sabem fazer sozinhas e parabenizá-las quando aprendem a subir cada degrau de uma escada, quando agradecem, quando arrumam a cama sozinhas, quando retiram os pratos da mesa após uma refeição, quando estudam e respeitam as pessoas, quando escrevem a primeira palavra etc. Ao formar sua autonomia, elas desenvolvem suas conexões neuronais, melhorando sua inteligência. Criança que não desenvolve sua autonomia fica estagnada na sua inteligência.
A corrupção, por paradoxal que seja, é um tipo de liberdade, uma opção individual possível, mas não obrigatória e nem desejável. E isso quem “resolve” ou “decide” é a percepção ética e moral de cada um. O aprendizado ético é a melhor vacina e o melhor remédio contra a corrupção. Crianças e adolescentes cuidados e bem orientados serão bons cuidadores da Nação e, se forem médicos serão éticos, estando vacinados contra a corrupção. A doçura das crianças é que elas são honestamente críticas, mas não corruptas.