Publicado/atualizado: março/2023
Departamento Científico de Alergia
Os sintomas de alergia alimentar podem ser muito variados. Existem algumas alergias alimentares que causam manchas vermelhas pelo corpo (urticárias), inchaços (angioedemas) e anafilaxia. Outros tipos podem causar apenas sangramento nas fezes, cólicas no lactente ou diarreia. Converse com o seu pediatra sobre suas queixas para avaliar se há necessidade de investigação para alergia alimentar frente a estes sintomas.
Dependendo do tipo de alergia, existem investigações específicas. Para alguns tipos, podemos fazer testes no sangue e/ou testes na pele. Para outros tipos, o chamado “Teste de provocação Oral” é recomendado. Existem alguns subtipos de alergia alimentar que podem necessitar de exames mais específicos, como endoscopia.
Sabe-se que não é apenas um fator que causa a alergia alimentar, mas sim um conjunto de fatores. O fator genético é muito importante (familiares com algum tipo de alergia, seja ela respiratória, cutânea ou alimentar), mas outros fatores como alimentação da mãe durante a gestação, introdução alimentar na criança e outros fatores ambientais também podem influenciar.
Uma vez confirmado o diagnóstico, a dieta de restrição deve ser guiada pelo seu pediatra e/ou especialista que acompanha a criança. O conhecimento sobre a leitura de rótulos é extremamente importante para mães e pais de crianças alérgicas, para a correta identificação dos alérgenos nas embalagens de alimentos. Os aspectos nutricionais também são essenciais: avaliação de peso, estatura e da qualidade da dieta, tanto em macro quanto em micronutrientes, faz parte de um manejo adequado. Por fim, é importante atentar aos aspectos psicossociais envolvidos - no paciente e em sua família.
Grande parte dos pacientes vai apresentar tolerância ao alimento até o final da infância; entretanto, isto depende de diversos fatores, tais como: gravidade das reações, quais alimentos estão envolvidos, idade de início dos sintomas, níveis de IgE no sangue, dentre outros.