Publicado/atualizado: março/2023
Departamento Científico de Endocrinologia
Um pênis, para ser considerado funcional, deve preencher as seguintes características: permitir ao paciente urinar em pé, sem se molhar; permitir ereção e penetração vaginal durante o ato sexual; e não causar vergonha ou constrangimento quando visto por outros.
Para saber se um pênis é considerado normal, o paciente deve ser examinado por um profissional experiente na área (pediatra, urologista, endocrinologista) o qual avaliará o comprimento peniano através de tabelas e gráficos específicos.
Não. O crescimento peniano ocorre em quatro etapas: 1. Gestação: ao nascimento o comprimento médio do pênis é de 3,7 cm. 2. Zero a 3 anos: aumento de 1,5 cm (média: 6,2 cm aos 3 anos); 3. Três a onze anos: outro acréscimo de 1,5 cm (média: 7,7 cm aos 11 anos); 4. Onze aos dezoito anos: aumento de 6,5 cm, atingindo o tamanho adulto (média: 14, 5 cm aos 18 anos).
É um pénis de formato normal, porém com um comprimento menor do que 2,5 desvios-padrão da média para idade ou estágio de desenvolvimento puberal.
Sim. O pênis tem diversos tamanhos e formatos diferentes, não existindo um padrão considerado “ideal”. Existem gráficos e tabelas que mostram o tamanho do pênis do nascimento aos 18 anos. Neles, a linha central, chamada Percentil 50, mostra os valores médios. As crianças ou adolescentes que têm o pênis abaixo da média, mas ainda acima da última linha inferior (Percentil 10) são considerados normais. Os que estão abaixo do Percentil 10 têm o pênis reduzido para idade.
Não. O que ocorre nos pacientes acima do peso é o chamado “pênis escondido”, “pênis embutido” ou “pênis oculto” na gordura suprapúbica (acima do púbis). Nesse caso, tem-se a falsa impressão do pênis ser pequeno. Entretanto, ao se retrair o excesso de tecido adiposo (“gordura”), observa-se que o pênis tem o tamanho normal. A cirurgia ade lipoaspiração pode ser alternativa terapêutica nos casos de grande sofrimento psíquico, nos quais a demora da perda ponderal agravará o distúrbio psicológico.
Não. Isso é mito! Não existe base científica para tal associação.
Não necessariamente. O tamanho do pênis sofre influência genética assim como outras características físicas masculinas. No entanto, existem outros fatores além da herança genética que determinam as características penianas.
Pode acontecer do pênis crescer com um leve desvio para direita ou esquerda. Essa inclinação não deve causar dor, alteração urinária e nem problemas durante o ato sexual. Se isso acontecer, ele deve ser examinado por um urologista.
Sempre que houver qualquer suspeita de alteração do tamanho peniano o menino deve ser avaliado por um urologista ou endocrinologista para confirmar tal diagnóstico. Além do tamanho, outros dados na história clínica (p. ex. prematuridade, exposição à medicamentos, história familiar, doenças endócrinas) e do exame físico (p. ex. avaliação dos testículos, uretra, peso, altura) podem ser sugestivos de alguma doença que cause distúrbio no crescimento do pênis.
A principal causa é hormonal: o hipogonadismo causado por alterações da hipófise ou hipotálamo e o hipogonadismo causado por alterações testiculares. O hipogonadismo pode ser secundário a uma doença genética ou ter causas adquiridas, que diminuam a produção dos hormônios (p.ex. trauma, cirurgia ou infecção na hipófise, hipotálamo ou testículos).
Sim. Cada caso deve ser individualizado O tratamento com hormônio masculino (testosterona) pode melhorar o crescimento peniano principalmente quando realizado até a puberdade.