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Como incentivar crianças e adolescentes para os estudos? Estratégias para um bom rendimento escolar.

Publicado/atualizado: outubro/2022

Departamento Científico de Saúde Escolar

  • A motivação para se dedicar às atividades escolares depende de vários motivos, como características pessoais, familiares, escolares e até mesmo do próprio objeto de conhecimento. Qual o fator que não pode faltar para ir bem na escola?

É o esforço pessoal! Mesmo pessoas com boa autoestima, estudando em boas escolas, precisam se esforçar para dar conta dos aprendizados, manter as tarefas escolares em dia, revisar os conteúdos, preparar-se para as provas, os projetos, as atividades. O esforço mínimo, apenas suficiente para “passar de ano” acaba resultando em baixo aproveitamento e dificuldades no futuro.

É claro que a escola pode amenizar esse esforço, quando oferece atividades atrativas,  planejamento e gestão de acompanhamento de conteúdos e desempenho do aluno, comunicação e informação acessíveis.

  • Como a família pode ajudar o estudante?

É sabido que estudantes que têm um familiar interessado nos seus estudos tendem a ser mais bem-sucedidos. É o familiar que, desde o início da vida escolar, cuida do uniforme e do material escolar, pergunta como foi o dia na escola, lembra as datas das provas e entregas de trabalhos. Elogia as conquistas e os bons resultados, dá apoio nas situações de fracasso e incentiva a enfrentar dificuldades.

E é muito importante estabelecer forte parceria com a escola em tudo, inclusive na percepção e encaminhamento de  dificuldades.

  • Que outras medidas são importantes para fazer em casa?

Sempre que possível, criar um ambiente organizado para estudar, silencioso, bem iluminado e arejado, com acesso aos materiais escolares e fontes de pesquisa. Orientar cuidadosamente o tempo para o uso de telas. Também é importante combinar uma rotina de horários para os estudos, assim como para o lazer e o descanso.

A boa qualidade do sono é fundamental.

  • A pandemia de covid-19 continua atrapalhando?

Sim, e muito. Alterou as rotinas, prejudicou o interesse pelos assuntos escolares e gerou, em muitos estudantes, ansiedade e depressão. Até mesmo estudantes que eram bem sucedidos passaram a ter dificuldades de concentração e de organização para os estudos.

  • O que as famílias podem fazer nesses casos?

Pode-se começar com uma boa conversa, sempre ouvindo o que o estudante tem a dizer, e a adoção das medidas simples, que vimos nas perguntas anteriores. Muitos adultos também foram afetados. Portanto, tem grande valor o convívio familiar afetuoso e longe dos eletrônicos.

Se não der certo, é melhor buscar ajuda. Nesse caso, o pediatra pode ser o melhor aliado da família e do estudante, para as orientações mais adequadas, e deve ser o responsável por qualquer encaminhamento a um especialista, quando necessário.