Publicado/atualizado: outubro/2022
Departamento Científico de Saúde Escolar
É o esforço pessoal! Mesmo pessoas com boa autoestima, estudando em boas escolas, precisam se esforçar para dar conta dos aprendizados, manter as tarefas escolares em dia, revisar os conteúdos, preparar-se para as provas, os projetos, as atividades. O esforço mínimo, apenas suficiente para “passar de ano” acaba resultando em baixo aproveitamento e dificuldades no futuro.
É claro que a escola pode amenizar esse esforço, quando oferece atividades atrativas, planejamento e gestão de acompanhamento de conteúdos e desempenho do aluno, comunicação e informação acessíveis.
É sabido que estudantes que têm um familiar interessado nos seus estudos tendem a ser mais bem-sucedidos. É o familiar que, desde o início da vida escolar, cuida do uniforme e do material escolar, pergunta como foi o dia na escola, lembra as datas das provas e entregas de trabalhos. Elogia as conquistas e os bons resultados, dá apoio nas situações de fracasso e incentiva a enfrentar dificuldades.
E é muito importante estabelecer forte parceria com a escola em tudo, inclusive na percepção e encaminhamento de dificuldades.
Sempre que possível, criar um ambiente organizado para estudar, silencioso, bem iluminado e arejado, com acesso aos materiais escolares e fontes de pesquisa. Orientar cuidadosamente o tempo para o uso de telas. Também é importante combinar uma rotina de horários para os estudos, assim como para o lazer e o descanso.
A boa qualidade do sono é fundamental.
Sim, e muito. Alterou as rotinas, prejudicou o interesse pelos assuntos escolares e gerou, em muitos estudantes, ansiedade e depressão. Até mesmo estudantes que eram bem sucedidos passaram a ter dificuldades de concentração e de organização para os estudos.
Pode-se começar com uma boa conversa, sempre ouvindo o que o estudante tem a dizer, e a adoção das medidas simples, que vimos nas perguntas anteriores. Muitos adultos também foram afetados. Portanto, tem grande valor o convívio familiar afetuoso e longe dos eletrônicos.
Se não der certo, é melhor buscar ajuda. Nesse caso, o pediatra pode ser o melhor aliado da família e do estudante, para as orientações mais adequadas, e deve ser o responsável por qualquer encaminhamento a um especialista, quando necessário.