Publicado/atualizado: junho/2023
Departamento Científico de Nefrologia
Cerca de 5% de todas as gestações apresentam esta dilatação na pelve renal chamada de hidronefrose. Felizmente aproximadamente a metade dos casos é transitória, desaparecendo até o nascimento.
A depender da idade gestacional que foi realizado o ultrassom, este deve ser repetido ainda durante a gestação, entre a 20a e 24a semanas. Após o nascimento do bebê, o diagnóstico deve ser confirmado e o grau de comprometimento avaliado com ultrassom. A avaliação inicial e a solicitação do ultrassom serão feitas ainda no berçário, pelo neonatologista ou pelo pediatra da equipe obstétrica. Posteriormente a criança deve ser acompanhada com nefrologista ou urologista pediatra.
No caso de confirmação da hidronefrose é preciso avaliar se a dilatação é mais severa, se há acometimento na bexiga, se é uni ou bilateral, qual a quantidade de líquido amniótico e outros achados que possam indicar um processo obstrutivo do trato urinário do feto.
O mais comum é que esta dilatação represente um achado autolimitado. Em se tratando de patologia, as causas mais comuns de hidronefrose pré-natal são a obstrução da junção do ureter com a pelve renal (estenose de junção ureteropiélica – EJUP), o refluxo de urina da bexiga para o ureter e o rim durante a micção (refluxo vesico ureteral – RVU), válvula de uretra posterior (VUP) que ocorre em meninos por uma obstrução na saída da bexiga, entre outras causas.
O tratamento, a depender da etiologia e da gravidade do caso, pode ser o acompanhamento clínico, mas pode haver necessidade de intervenção cirúrgica.