Publicado/atualizado: março/2023
Departamento Científico de Endocrinologia
Osteoporose é uma doença causada pela diminuição da massa óssea (densidade do osso), aumentando a fragilidade do osso e causando maior risco de fraturas.
Cerca de 99% do cálcio corporal é armazenado nos ossos, onde é utilizada para o crescimento e a mineralização. Sendo assim, a deficiência de cálcio no organismo é uma das principais causas de osteoporose.
Não. A osteoporose pode acontecer em qualquer idade, desde a infância até a velhice.
No Brasil, estima-se que 10 milhões de pessoas tenham osteoporose; e 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima dos 50 anos de idade, poderão ter uma fratura causada pela osteoporose.
A osteoporose do adulto pode ter início na infância ou adolescência. Como mais de 90% da formação óssea é adquirida nas primeiras duas décadas de vida, com pico entre 20 a 30 anos, é essencial que as crianças e adolescentes tenha esse problema reconhecido precocemente.
Existem situações que podem comprometer a formação e/ou destruição do osso. Podem ser fatores pessoais (p. ex., história familiar de doença óssea, doenças hormonais) ou relacionados ao estilo de vida/meio ambiente (p.ex., maus hábitos alimentares, sedentarismo, uso de medicamentos - corticoides)
O exame que melhor diagnostica osteoporose é a densitometria óssea. É um exame indolor, de rápida execução e com pouca exposição à radiação. A radiografia convencional só mostra alteração óssea nos casos mais avançados. Além desses dois exames de imagem, os exames de laboratório (sangue) podem ser úteis para o diagnóstico (p.ex., dosagem de cálcio e vitamina D).
As principais causas de osteoporose na criança e adolescente são: (1) Causas Primárias (mais raras): fatores genéticos ou hereditários (familiares); e (2) Causas Secundárias (mais comuns): distúrbios alimentares, doenças intestinais, reumáticas, renais, tireoidianas, diabetes ou uso de medicamentos.
Sim. O consumo excessivo de refrigerante tipo “cola” que pode reduzir o cálcio do sangue numa tentativa de neutralizar a quantidade de ácido fosfórico presente nesse tipo de bebida.
Na maioria das vezes, a osteoporose é uma doença assintomática, ou “silenciosa”, e a pessoa nem sabe que está desenvolvendo o problema. Porém, deve-se suspeitar de osteoporose em pacientes com dieta com baixa ingestão de cálcio (p.ex., pouco leite e derivados), fraturas de repetição, história familiar de doença óssea e presença de fatores de riscos que reduzam a densidade óssea (p.ex., uso de medicamentos).
As vértebras (coluna), o fêmur (bacia), o rádio (punho) e o úmero (braço).
O tratamento depende da causa. Por exemplo: corrigir as doenças existentes (rim, fígado, tireoide), suspender medicamentos causais, estimular atividade física e exposição a luz solar, adequar o consumo de alimentos ricos em cálcio e vitamina D. O tratamento com medicamentos, geralmente da classe dos bisfosfonatos, é reservado para pacientes que falham em responder as medidas iniciais.
Estimular uma dieta saudável (p. ex., evitar refrigerantes) com quantidade adequada de cálcio (p. ex., leite, queijo, iogurte, vegetais folhosos verde escuro, ovo), manutenção de níveis séricos normais de vitamina D (exposição moderada ao sol), evitar os fatores de riscos (p. ex., uso de medicamentos) e praticar exercícios físicos regularmente.
Sim. A vitamina D é produzida, na sua grande maioria, pela ação dos raios ultravioletas na pele; e, em menor quantidade, é proveniente dos alimentos. Assim, a exposição adequada ao sol (15 minutos ao dia, evitando exposições prolongadas e nos horários de pico dos raios solares) é importante. Se isso não for possível, pode usar suplementos da vitamina D.
Sim. O dia 20 de outubro é o dia em que ocorrem ações visando alertar a população, sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento da osteoporose.