Publicado/atualizado: junho/2023
Departamento Científico de Oncologia
Representam o grupo de tumores sólidos mais frequentes entre as crianças e adolescentes, correspondendo de 16% a 20% de todas as neoplasias (proliferação desordenada de células no organismo) nesta faixa etária. Ocorre com mais frequência na idade de um a quatro anos.
As causas dos tumores de SNC são desconhecidas na maioria das vezes, acreditando-se, atualmente, que a doença seja de etiologia multifatorial. Algumas alterações podem ser adquiridas durante a vida e outras são hereditárias (cerca de 10% dos casos) e estão associadas com algumas síndromes familiares, como por exemplo, a neurofibromatose e a esclerose tuberosa. A radiação ionizante é um fator de risco ambiental que está associada ao aumento do desenvolvimento de tumores de SNC.
Os sinais e sintomas da apresentação inicial dos tumores do SNC são semelhantes ao de outras doenças mais comuns e menos graves da infância, podendo resultar em dificuldades e atrasos no diagnóstico.
A apresentação clínica depende da localização do tumor e da idade do paciente. Lactentes (crianças de zero a dois anos de idade) tendem a apresentar sintomas inespecíficos como macrocefalia (aumento do tamanho da cabeça), ganho inadequado de peso, perda de marcos do desenvolvimento, atraso no desenvolvimento e vômitos. Crianças maiores costumam apresentar sinais neurológicos de localização (diminuição da força muscular, paralisia de membros, alterações na marcha etc.) e sintomas de hipertensão intracraniana, como cefaleia, náuseas, vômitos, e paralisia de nervos cranianos.
Os primeiros sintomas do tumor cerebral podem ser causados pela elevação da pressão dentro do crânio (pressão intracraniana). A pressão pode aumentar porque o tumor bloqueia o fluxo de líquido cefalorraquidiano (líquor - LCR) dentro do cérebro ou porque o tumor ocupa o espaço. O líquor é um líquido incolor, que circula o cérebro e a medula espinhal através do espaço subaracnóideo, ventrículos cerebrais e o canal central da medula.
Aumento da cabeça (hidrocefalia) em bebês e crianças muito pequenas (“Hidro” significa água e “cefalia” se refere à cabeça). Na hidrocefalia há aumento da quantidade de líquido cefalorraquidiano no cérebro. Esse excesso de líquido pode aumentar a cabeça do bebê. Se a pressão no cérebro aumentar muito, o bebê pode ter problemas de desenvolvimento;
A presença de outros sintomas varia na dependência da parte específica do cérebro na qual o tumor está localizado.
Crianças com sinais e sintomas persistentes devem ser avaliadas pelo pediatra, que fará a história clínica, exame físico e neurológico e, quando indicado, solicitará os exames de imagem, bem como o encaminhamento para os especialistas.
Os médicos suspeitam de tumor cerebral com base nos sinais e sintomas, além do exame físico. Após examinar o paciente, o médico confirmará sua suspeita diagnóstica na maioria das vezes, por:
A localização do tumor varia conforme a idade. Na primeira década de vida são mais comuns tumores na fossa posterior (infratentorial). Nas crianças menores de dois anos, em adolescentes e em adultos jovens, a região supratentorial é mais acometida. Infratentorial ou supratentorial são termos utilizados para designar se os tumores estão abaixo ou acima de uma estrutura do crânio chamada tenda do cerebelo (Figura 1).
Os tipos de tumores cerebrais mais frequentes são os astrocitomas, meduloblastomas, ependimomas e craniofaringiomas.
É fundamental que seja realizado em centros especializados no tratamento do câncer pediátrico, por equipe multidisciplinar. Portanto, a equipe de saúde deve incluir médicos especializados no cuidado e tratamento de crianças e adolescentes com câncer (oncologistas pediátricos), neurologistas pediátricos, neurocirurgiões pediátricos, radioterapeutas, especialistas em terapia intensiva, enfermeiros, psicólogo, assistente social, nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudióloga, entre outros profissionais.
O tratamento envolve várias modalidades, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia alvo (é um tipo de tratamento do câncer que usa drogas para atacar especificamente as células cancerígenas, provocando pouco dano às células normais), na dependência do tipo de tumor e da idade da criança. Os procedimentos envolvidos no tratamento do tumor do SNC são:
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura da criança e do adolescente com câncer, pois quanto mais cedo o tumor for diagnosticado, maior a chance de cura do paciente, menos agressivo o tratamento e menor chances de deixar sequelas.
A sobrevida dos pacientes com tumores de SNC vem aumentando nos últimos anos, seja pela melhora do diagnóstico com os exames de imagem, ou pelos tratamentos oferecidos. Apesar dos avanços nos resultados, estes pacientes podem ter sequelas físicas, cognitivas (relacionadas a linguagem, pensamento, memória, raciocínio e emoção), neurológicas, endocrinológicas, em razão do próprio tumor ou do tratamento realizado. É importante que o tratamento seja individualizado e que se tenha atenção para medidas que podem melhorar a qualidade de vida, por meio do acompanhamento regular, mesmo após o término do tratamento oncológico.
Representam o grupo de tumores sólidos mais frequentes entre as crianças e adolescentes, correspondendo de 16% a 20% de todas as neoplasias (proliferação desordenada de células no organismo) nesta faixa etária. Ocorre com mais frequência na idade de um a quatro anos.
As causas dos tumores de SNC são desconhecidas na maioria das vezes, acreditando-se, atualmente, que a doença seja de etiologia multifatorial. Algumas alterações podem ser adquiridas durante a vida e outras são hereditárias (cerca de 10% dos casos) e estão associadas com algumas síndromes familiares, como por exemplo, a neurofibromatose e a esclerose tuberosa. A radiação ionizante é um fator de risco ambiental que está associada ao aumento do desenvolvimento de tumores de SNC.
Os sinais e sintomas da apresentação inicial dos tumores do SNC são semelhantes ao de outras doenças mais comuns e menos graves da infância, podendo resultar em dificuldades e atrasos no diagnóstico.
A apresentação clínica depende da localização do tumor e da idade do paciente. Lactentes (crianças de zero a dois anos de idade) tendem a apresentar sintomas inespecíficos como macrocefalia (aumento do tamanho da cabeça), ganho inadequado de peso, perda de marcos do desenvolvimento, atraso no desenvolvimento e vômitos. Crianças maiores costumam apresentar sinais neurológicos de localização (diminuição da força muscular, paralisia de membros, alterações na marcha etc.) e sintomas de hipertensão intracraniana, como cefaleia, náuseas, vômitos, e paralisia de nervos cranianos.
Os primeiros sintomas do tumor cerebral podem ser causados pela elevação da pressão dentro do crânio (pressão intracraniana). A pressão pode aumentar porque o tumor bloqueia o fluxo de líquido cefalorraquidiano (líquor - LCR) dentro do cérebro ou porque o tumor ocupa o espaço. O líquor é um líquido incolor, que circula o cérebro e a medula espinhal através do espaço subaracnóideo, ventrículos cerebrais e o canal central da medula.
Aumento da cabeça (hidrocefalia) em bebês e crianças muito pequenas (“Hidro” significa água e “cefalia” se refere à cabeça). Na hidrocefalia há aumento da quantidade de líquido cefalorraquidiano no cérebro. Esse excesso de líquido pode aumentar a cabeça do bebê. Se a pressão no cérebro aumentar muito, o bebê pode ter problemas de desenvolvimento;
A presença de outros sintomas varia na dependência da parte específica do cérebro na qual o tumor está localizado.
Crianças com sinais e sintomas persistentes devem ser avaliadas pelo pediatra, que fará a história clínica, exame físico e neurológico e, quando indicado, solicitará os exames de imagem, bem como o encaminhamento para os especialistas.
Os médicos suspeitam de tumor cerebral com base nos sinais e sintomas, além do exame físico. Após examinar o paciente, o médico confirmará sua suspeita diagnóstica na maioria das vezes, por:
A localização do tumor varia conforme a idade. Na primeira década de vida são mais comuns tumores na fossa posterior (infratentorial). Nas crianças menores de dois anos, em adolescentes e em adultos jovens, a região supratentorial é mais acometida. Infratentorial ou supratentorial são termos utilizados para designar se os tumores estão abaixo ou acima de uma estrutura do crânio chamada tenda do cerebelo (Figura 1).
Os tipos de tumores cerebrais mais frequentes são os astrocitomas, meduloblastomas, ependimomas e craniofaringiomas.
É fundamental que seja realizado em centros especializados no tratamento do câncer pediátrico, por equipe multidisciplinar. Portanto, a equipe de saúde deve incluir médicos especializados no cuidado e tratamento de crianças e adolescentes com câncer (oncologistas pediátricos), neurologistas pediátricos, neurocirurgiões pediátricos, radioterapeutas, especialistas em terapia intensiva, enfermeiros, psicólogo, assistente social, nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudióloga, entre outros profissionais.
O tratamento envolve várias modalidades, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia alvo (é um tipo de tratamento do câncer que usa drogas para atacar especificamente as células cancerígenas, provocando pouco dano às células normais), na dependência do tipo de tumor e da idade da criança. Os procedimentos envolvidos no tratamento do tumor do SNC são:
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura da criança e do adolescente com câncer, pois quanto mais cedo o tumor for diagnosticado, maior a chance de cura do paciente, menos agressivo o tratamento e menor chances de deixar sequelas.
A sobrevida dos pacientes com tumores de SNC vem aumentando nos últimos anos, seja pela melhora do diagnóstico com os exames de imagem, ou pelos tratamentos oferecidos. Apesar dos avanços nos resultados, estes pacientes podem ter sequelas físicas, cognitivas (relacionadas a linguagem, pensamento, memória, raciocínio e emoção), neurológicas, endocrinológicas, em razão do próprio tumor ou do tratamento realizado. É importante que o tratamento seja individualizado e que se tenha atenção para medidas que podem melhorar a qualidade de vida, por meio do acompanhamento regular, mesmo após o término do tratamento oncológico.