Publicado/atualizado: maio/2023
Departamento Científico de Neonatologia
Quanto mais as pesquisas e os conhecimentos em Medicina avançam, confirma-se que parto normal é o mais indicado. Por isso, desde o período pré-natal, os obstetras, que são os especialistas capacitados para atender as gestantes (antes, durante e após o parto) se empenham para que a criança venha ao mundo da maneira mais natural possível, escolhendo o parto normal (vaginal) como via preferencial, desde que não seja identificado risco obstétrico ou neonatal no pré-natal ou durante o acompanhamento do trabalho de parto, que contraindique o procedimento.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que a cesariana só seja realizada quando existe justificativa médica, ou seja, nos casos em que o parto vaginal colocaria em risco a saúde da mãe ou do bebê. Entre as principais indicações estão: pressão arterial materna elevada, comprometimento do crescimento fetal, primeira gestação com feto sentado, gestação gemelar, problemas com a placenta ou com o cordão umbilical, sofrimento fetal e por desproporção céfalo-pélvica, pois isso dificulta o feto passar pela bacia materna mesmo com contrações uterinas.
Sim, o pediatra deve estar presente em todo nascimento por ser o profissional com a melhor formação técnica para a assistência neonatal, de modo a garantir a saúde e o bem estar da criança. Sempre que o bebê não é capaz de iniciar por conta própria a respiração, o pediatra, juntamente com os demais profissionais de saúde, irá ajudá-lo a respirar e, se necessário, executarão outros procedimentos de reanimação em tempo oportuno e de forma efetiva.
Sim! Se o bebê nasce bem, é colocado em contato pele a pele com a mãe, para que se mantenha aquecido e para fortalecer o vínculo mãe-bebê. O cordão umbilical é clampeado a partir de 1 minuto do nascimento e a primeira amamentação deve acontecer na primeira hora de vida, pois isso aumenta a chance do aleitamento materno exclusivo ser bem sucedido nos primeiros meses de vida.
O nascimento é muito importante para a vida da criança, por se tratar de um momento de grande vulnerabilidade, no qual ocorre a mais dramática transição fisiológica da vida humana. Em nenhuma outra situação da vida o risco de morte ou lesão cerebral é tão elevado. Por conta disso, o parto deve ser realizado em ambiente seguro, equipado e acompanhado por equipe e médicos capacitados para o atendimento da gestante (o obstetra) e do recém-nascido (o pediatra), mesmo quando nenhum problema é identificado na gestação.