Publicado/atualizado: novembro/2024
Presidente: Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo
Secretária: Tamara Beres Lederer Goldberg
Membros: Benito Lourenço, Darci Vieira da Silva Bonetto,Ligia de Fátima Nóbrega Reato, Lilian Day Hagel, Maria Inês Ribeiro Costa Jonas, Marluce Barbosa Abreu Pinto
O desenvolvimento sexual inicia-se já dentro do útero e continua ao longo de toda a vida, mas é na adolescência que as vivências sexuais se iniciam de forma mais concreta. Assim, como tudo que ocorre no desenvolvimento do ser humano, há idades mais adequadas para acontecer a aquisição de funções cada vez mais complexas. Com a sexualidade, alguns experimentam a masturbação (conhecimento do prazer com o seu próprio corpo), o primeiro beijo (contato com o outro) e, nesta fase, os adolescentes de ambos os sexos podem treinar com pessoas do mesmo sexo (sem que essa seja a orientação sexual definitiva), pode ocorrer a primeira relação sexual (chamada de sexarca, ou seja, primeira “transa”) e, por fim, estabelecem relações afetivas que podem ser mais duradouras.
A sexualidade tem um conceito amplo, que ultrapassa o componente orgânico e é desenvolvida desde a concepção intrauterina. Ao longo da infância ocorre um contínuo na sua formação. Nesse processo do desenvolvimento da sexualidade há vários aspectos envolvidos, para que possa acontecer de forma saudável. Na fase inicial da adolescência podem estranhar as mudanças no seu próprio corpo, acham estranho beijar na boca, sentem dificuldade em manipular os próprios órgãos genitais e muitas vezes nem sabem como higienizá-los de forma adequada. Tudo é muito novo!
Durante o banho deve-se lavar o corpo do pênis e expor a glande (região do pênis onde desemboca a uretra), puxando a pele do prepúcio (“pele que recobre a cabeça do pênis”). Lavar bem com água e sabonete neutro, pois há acúmulo de secreções nesta região, que podem causar mal cheiro e até infecções locais. A higiene do genital feminino no banho e após urinar ou evacuar é muito importante para evitar infecções, que podem causar leucorreia (corrimento). O modo correto é sempre com o movimento de frente para trás, isto é: da região da vulva para a região do ânus.
Sim. É através da masturbação individual (“fase autossexual”) que adquirimos conhecimento do prazer com o próprio corpo.
Se o garoto ou a garota não tiver familiaridade com seu próprio corpo, não saberá identificar o que está sentindo quando tocado por outra pessoa, por serem as primeiras sensações prazerosas, que são totalmente novas. Para o garoto, o prazer com seu órgão genital é usar as mãos para friccionar o pênis e obter o gozo sexual, através da ejaculação, saída do líquido seminal.Para a garota, o prazer com seu órgão genital é tocar e esfregar com um ou dois dedos no meio na vulva, mais especificamente no clítoris, região proeminente da genitália feminina, até alcançar o gozo. É um aprendizado que, além de propiciar o reconhecimento do seu próprio corpo, trará sensações prazerosas benéficas ao desenvolvimento da sexualidade.
Porque desejam proteger os filhos de algo inadequado que possa acontecer. É interessante procurar manifestar seus sentimentos sobre sexualidade com seus pais para perceber se há possibilidade de entenderem as suas posições sobre o assunto.
A resposta é não! Dependerá de muitos fatores a escolha da orientação sexual do seu filho e da sua filha. Esta experiência afetiva com os pares se dá como fase de descobertas e de introjeção de modelos femininos e masculinos pois ocorre uma identificação com pessoas iguais. São pessoas que ficarão como referências para a identidade sexual, assim como a figura paterna e materna representam também modelos para o desenvolvimento da própria sexualidade.
É preciso ter clareza dos sentimentos pela pessoa que você escolheu. É importante valorizar o quanto gosta da pessoa e se a considera especial na sua vida. Quando houver desejo por essa pessoa, estará pronto para o ato sexual em si. É até possível se preparar para o ato sexual prestando atenção em como está se sentindo como a outra pessoa está. O preparo necessita de abertura para dialogar com pessoas capacitadas para responder e orientar e, principalmente, aprender que a prática deve ser responsável. O adolescente deve ter em mente que não pode se violentar fazendo o que não deseja!
Simplesmente tendo segurança do que deseja, isto é, se prevenir contra a gravidez não planejada e não contrair infecções sexualmente transmissíveis. O desejo de ter a relação sexual pode ser impactante e muitos jovens nem lembram de o preservativo, mas se houver segurança em suas convicções, o jovem conseguirá protelar o ato sexual até que o parceiro ou parceira entenda que precisa respeitar a sua escolha. A segurança pessoal vem da construção de uma boa autoestima. Para conseguir amar outra pessoa, primeiro é necessário amar a si mesmo.
O assunto diz respeito a temas que os pais se sentem constrangidos em abordar com seus filhos e eles mesmos não se sentem à vontade para falar, principalmente se estão na fase dos 16 a 19 anos.. No início das experiências sexuais os adolescentes não conversam a respeito com seus pais por sentirem vergonha e, posteriormente, não querem expor sua intimidade. Por isso vão procurar em fontes, na maioria das vezes, equivocadas e não confiáveis, como amigos e redes sociais. Quanto mais monitoramento e diálogo, sobre este assunto, menor será a probabilidade de comportamentos sexuais de risco. O diálogo precisa ser franco, focando não no controle da vida do filho, mas nos sentimentos e percepções dele. Por exemplo, enfocar o quanto é importante o afeto e o amor, nas relações entre as pessoas e não somente “transar por transar”!
Libido é caracterizada como a energia que é utilizada para os instintos de vida. É o termo quando se refere ao desejo sexual, o impulso e motivação que incita a manter relações sexuais. Portanto, o desejo é a percepção de um ato sexual que se quer realizar. Por exemplo, beijo na boca é uma expressão de desejo e não só o ato sexual em si. A atração sexual pelo outro é a erotização. A erotização ocorre cada vez que se pensa em uma pessoa, o foco da atração e sente-se algo novo no corpo, desde aceleração do coração, até inquietação inexplicável, “borboletas na barriga” e insônia.