Publicado/atualizado: fevereiro/2020
Departamento Científico de Medicina do Adolescente
Contraceptivos são métodos utilizados para evitar a gravidez. Atua impedindo a fecundação. Cabe aos familiares e adolescentes conhecerem e discutirem os diferentes métodos contraceptivo, o que auxiliará muito na escolha individual e do(a) parceria.
Não. Existem métodos hormonais e não hormonais. Entre os não hormonais, encontram-se os métodos comportamentais, os mecânicos e os de barreira. Dentre os hormonais, encontram-se produtos sintéticos à base de hormônios femininos, estrogênio e progesterona.
São eles:
· Método de Billings: É avaliação da secreção cervical que se altera no período fértil. Tem alto índice de falhas,
· Tabela: pratica se a abstinência sexual durante o período fértil. Necessita de um ciclo muito regular e muita disciplina,
· Coito interrompido: em que se retira o pênis da vagina antes que ocorra ejaculação é um método com alto índice de falhas.
· Métodos de barreira: os espermatozoides são impedidos de entrar em contato com o óvulo. Entre eles estão, as camisinhas, diafragma e espermicida. O uso da camisinha é recomendado independentemente do tipo de contraceptivo que for indicado.
· Método para adiar o início da atividade sexual: Do ponto de vista científico, este método baseia-se na ausência de qualquer forma de contato sexual vaginal-pênis, oral ou anal, implicando ausência de contato. É preciso estar alerta e discutir com os adolescentes que a abstinência sexual depende muito de valores, crenças e comportamentos adotados, pois o sucesso resulta da adesão estrita ao método.
Os contraceptivos hormonais são métodos para prevenção da gravidez à base de produtos sintéticos de hormônios femininos: o estrogênio e a progesterona. Alguns desses métodos combinam os dois hormônios, enquanto outros têm apenas a progesterona. Eles podem ser usados via oral, injetados, inseridos na vagina, aplicados à pele ou implantados sob a pele.
Os mecanismos básicos de ação são por:
· Inibição da ovulação - esses métodos impedem a liberação do óvulo, consequentemente não haverá fecundação
· Espessamento do muco cervical - os contraceptivos hormonais engrossam o secreção do colo do útero, o que dificulta passagem do espermatozoide até útero
Quando usadas corretamente, todas as opções de contracepção hormonal são 99% eficazes na prevenção da gravidez. Também existem vários benefícios não contraceptivos, incluindo a redução do risco de câncer de endométrio e de ovário; a diminuição do fluxo menstrual e possibilidade de reduzir cólicas menstruais.
Quando usadas corretamente, todas as opções de contracepção hormonal são 99% eficazes na prevenção da gravidez. Também existem vários benefícios não contraceptivos, incluindo a redução do risco de câncer de endométrio e de ovário; a diminuição do fluxo menstrual e possibilidade de reduzir cólicas menstruais.
São eles:
· Pílula oral - existem vários tipos de pílulas, compostos por 1 ou 2 hormônios (Estrogênio e/ou Progesterona), de uso contínuo ou com pausas, com presença ou não de sangramento menstrual.
· Anel vaginal - objeto de silicone que a mulher insere na vagina, onde os hormônios são lentamente liberados,prevenindo assim a gravidez.
· Adesivo anticoncepcional - com aspecto semelhante a um curativo, o adesivo é colado no corpo e os hormônios são absorvidos através da pele.
· Anticoncepcional injetável –deverá ser aplicada uma injeção via intramuscular, à base de hormônios a cada um ou três meses, dependendo do tipo.
· Implante contraceptivo –trata-se de pequeno bastão implantado sob a pele, na parte inferior do braço. O procedimento é rápido, realizado pelo médico sob anestesia local. Após a implantação, o dispositivo libera progesterona, sendo eficaz por até três anos, mas pode ser removido antes.
É importante que os adolescentes discutam as opções com o profissional médico, para escolher o melhor para si. Nunca é demais ressaltar que esses métodos devem ser utilizados em conjunto com a camisinha para dupla proteção
Tem indicação de uso após uma relação sexual sem proteção, falha potencial de um método já utilizado ou para vítimas de violência sexual. Deve ser usado até 72 horas após o coito desprotegido, quando reduz a possibilidade de gravidez em 75%.
Trata-se dos dispositivos intrauterinos (DIU). No Brasil, há dois tipos principais de DIU, um hormonal e outro que não contém hormônios. Este não hormonal, também conhecido como T de cobre ou T380A, está disponível na rede pública e pode ser utilizado por adolescentes, mesmo as que nunca engravidaram. Os outros são o DIU hormonal (sistema intrauterino de levonorgestrel, SIU-LNG) e o implante subdérmico de etonogestrel
Esses são de uso excepcional na adolescência, sendo justificados em condições clínicas ou genéticas nas quais seja imperativo evitar a gravidez A lei do Planejamento Familiar nº 9.263 de 12 de janeiro de 1996 restringe métodos cirúrgicos em menores de 25 anos com menos de dois filhos.
A maioria das mulheres não apresentam efeitos colaterais significativos, e caso ocorram, provavelmente desaparecerão depois de alguns meses. Se durarem mais de três meses, recomenda-se procurar o médico assistente.
No entanto, pode ocorrer ganho de peso, dor de cabeça, seios doloridos, menstruação irregular, alterações de humor, menor desejo sexual, náuseas (ânsia de vomitar). Efeitos colaterais também podem estar relacionados com psiquismo, aceitação da vida sexual e outros motivos diversos.