Publicado/atualização: dezembro/2022
Presidente: Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo
Secretária: Tamara Beres Lederer Goldberg
Membros: Benito Lourenço, Darci Vieira da Silva Bonetto,Ligia de Fátima Nóbrega Reato, Lilian Day Hagel, Maria Inês Ribeiro Costa Jonas, Marluce Barbosa Abreu Pinto
A prova do Enem é um projeto desenvolvido pelo Ministério da Educação — MEC —a partir de 1998, inicialmente com o intuito de observar o desempenho dos estudantes na educação básica e, posteriormente, como ferramenta do governo para avaliar a qualidade do ensino no País. Hoje, além dessa função inicial, a prova funciona como uma porta para a educação superior. Desde 2009, o MEC usa a prova como seleção, substituindo – NÃO SUBSTITUI EM TODAS– A NOTA EH ADICIONADA A DO VESTIBULAR os vestibulares aplicados em universidades públicas e, por esse motivo, o nível de complexidade foi elevado. Em 2017, as provas começaram a ser aplicadas em dois fins de semana consecutivos — aos domingos —, devido ao cansaço e queixas dos estudantes. O primeiro domingo consistia em 5 horas e 30 minutos de prova e o segundo destinava-se 4 horas e 30 minutos. Em 2018, foram acrescentados mais 30 minutos para o segundo domingo. Esse é o modelo que vigora até os dias de hoje. As questões, atualmente, englobam mais de uma disciplina, buscando um contexto socioeconômico e cultural, necessitando que os estudantes se prepararem de forma mais completa, não se apegando apenas às matérias em que são melhores.
Sabe-se que o Enem é um evento muito importante para quem acabou o Ensino Médio. No entanto, é preciso ficar de olho na saúde mental dos jovens, permitindo que eles tenham todo o apoio necessário para darem o melhor de si na prova e na vida.
O nervosismo entre os jovens antes de uma prova é muito comum, principalmente quando se trata do Enem, algo que irá ajudar a definir o seu futuro. Alguns adolescentes não conseguem controlar os próprios sentimentos e também não sabem como pedir ajuda, transformando o seu problema em uma verdadeira bola de neve.
O impacto que os estudos causam é grandioso e a ansiedade não é o único problema que enfrentam, podendo ser seguido pela insegurança e desmotivação. Na escola, muito embora a pressão e insegurança ainda existam, é possível que eles interajam entre si de maneira mais direta, oferecendo um maior apoio e até um abraço afetuoso.
É fundamental o envolvimento da família e do ambiente escolar, pois, normalmente, são procurados quando os jovens necessitam de ajuda. Estes estudantes, que ainda estão em formação, são cobrados com demandas similares às da vida adulta; portanto é preciso um ambiente em que eles se reconheçam e não haja pressão sobre uma prova que pode decidir toda uma vida. Na maioria das vezes, são adolescentes provocados a uma realidade de competição, onde não há espaço para vulnerabilidades. Mas é preciso compreender que há inúmeras questões em jogo e elas estão interligadas Na escola, embora a pressão e insegurança existam, é possível que interajam entre si de maneira mais direta, oferecendo um maior apoio e até um abraço afetuoso.
O apoio da família nesse momento pode ser decisivo para a realização de uma prova com mais tranquilidade, afinal a pressão psicológica no adolescente é um dos fatores que podem diminuir seu rendimento, prejudicando-o em níveis de acertos consideráveis para alcançar uma boa nota. Atitudes simples por parte da família podem fazer a diferença, como: trocar a pressão pelo estímulo, respeitar as escolhas e os horários de estudos e, o mais importante, transmitir confiança na capacidade de seu (sua) filho (a) - são pontos fundamentais para que se sinta mais preparado e confiante.
O planejamento, a organização e a dedicação por parte do estudante são essenciais para alcançar uma maior tranquilidade durante a aplicação da prova. Os pais não precisam saber as matérias ou tentar ajudá-los com exercícios, é mais importante estarem presentes e evitar atrapalhar a rotina de estudos estabelecida pelo adolescente. Portanto, além de o estudante obter formas de como se preparar para o Enem, a família também precisa se adaptar e ajudar nesse período tão estressante, porém, de certa forma, decisivo para ele. Afinal, entrar em uma boa universidade abre portas para um caminho melhor e cheio de oportunidades.
Muitas expectativas sobre o futuro dos filhos podem atrapalhar, pois elas aumentam a pressão psicológica. Na ânsia de tentar atender a essas expectativas, os pais podem desenvolver uma preocupação excessiva, e isso faz com que o estudante se sinta sufocado e desenvolva medo do fracasso. O ideal é que os pais sejam parceiros e bons orientadores, trocando a cobrança por estímulos e incentivos; dessa forma, o adolescente pode se sentir mais acolhido e confiante com relação ao futuro.
Os pais são mais experientes. Dividi-las com os filhos, com certeza, será um ponto positivo para o desenvolvimento de confiança. O entendimento de que todos passam por dificuldades aumenta a visão de perspectiva desse jovem. Além disso, é importante demonstrar respeito pelas escolhas, pois os (as) filhos (as) também são indivíduos com desejos e aspirações gostos para além dos pais. Isso ajuda a que tenham mais autonomia e preparo.
Nem sempre estudar em casa é tranquilo. Ajudar na rotina de estudo do seu (sua) filho (a) facilitará o compromisso assumido diariamente com os estudos. Para tanto, é possível uma adaptação nos horários das refeições, na dinâmica de limpeza e até nas caronas para ajudar na locomoção. A rotina promove mais estabilidade psíquica, dessa forma nosso cérebro pode gastar mais energia em outras atividades.
A rotina pesada de estudos pode deixar o adolescente muito ansioso, também pode ser muito cansativa. Promover momentos de lazer e tranquilidade ajuda a acalmar a mente, tornando esse período mais leve e menos prejudicial ao emocional de seu (sua) filho (a).
Lembrar de alguns horários que possam ser esquecidos, manter a agenda em dia, ajudar cronometrando o tempo de um simulado são atitudes que podem contribuir. Estar disponível e mostrar que você se importa com essa fase aumentará mais a confiança dele (a).
