Publicado/atualizado: setembro/2024
Nos períodos em que o bebê solicita mamadas muito frequentes.
São os períodos em que ocorre uma maior demanda do bebê por mamadas.
Sim
No início da lactação, como explicado acima. Superada aquela primeira fase do ajuste do bebê às mamadas. Agora ele mama em esquema de livre demanda, mas já fazendo horários regulares de 2 em 2 horas, ou até 2h e meia. Ao final do primeiro mês por ter crescido assim como seu estômago, ele passa a solicitar mamadas mais frequentes de um dia para o outro, diminuindo o espaço entre as mamadas.
A mãe interpreta como fome, por não saber que a produção do seu leite, aumenta quanto mais frequentes forem as mamadas. Sem receber essa orientação ela pensa que está com pouco leite e acaba complementando e espaçando as mamadas ao peito. Isso irá diminuir a sua produção. Iniciando desta forma o processo de desmame. Este é considerado um período crítico da lactação, isso porque a mãe sentindo-se insegura e recebendo vários palpites irá introduzir outro leite.
Ao complementar oferecendo outro leite, a mãe irá espaçar a próxima mamada ao peito. Lembremos que a mama tem o papel de ser uma fábrica e não um reservatório ou estoque de leite. Quanto mais as mamas forem sugadas e esvaziadas sua taxa de produção de leite aumenta. Quanto menor o intervalo entre as mamadas, maior a solicitação de produção pelas mamas. E quando o bebê quer mamar a toda hora e a mãe acha que não tem leite?
A maior parte das mulheres é capaz de produzir leite em quantidade suficiente para seus bebês. Apesar disso, muitas mães acreditam que não atingem essa produção. Isso pode ser decorrente de falta de orientação a respeito dos padrões normais de alimentação de recém-nascidos e lactentes no início da lactação.
Os pais também precisam reconhecer que bebês saudáveis, com eliminações normais e ganho de peso adequado, e que mamavam a cada 2 a 3h e de um dia para o outro desejam voltar a mamar a cada 1 ou 2 horas, podem estar passando por uma Crise transitória da Lactação, que alguns chamam de picos de Crescimento, mas como a criança tem vários picos de crescimento durante a infância e adolescência, a denominação pode confundir, por isso chamamos de Crise transitória da Lactação. É um período crítico da lactação e acompanha o estirão de crescimento do bebê. É mais frequente nos primeiros meses de lactação, quando o ritmo de crescimento do lactente é maior.
O lactente que já fazia intervalos maiores entre as mamadas, num ritmo entre 2 horas e meia ou 3 horas, de um dia para o outro começa a solicitar mamadas mais frequentes, a mãe sente que a mama não fica mais cheia e tem a falsa impressão de que seu leite não está mais sustentando seu filho. Durante uma destas crises, se a mãe não receber orientação adequada, ela irá introduzir outro alimento, iniciando dessa forma o desmame precoce.
Aproximadamente 50% das mães percebem durante os primeiros meses de lactação uma “redução de leite”. O período crítico da amamentação na verdade retrata a chamada “Crise transitória da lactação” e é considerada como o mesmo fenômeno do estirão de crescimento, em que o lactente por ter crescido, seu estômago aumentou sua capacidade de ingestão de leite, e então solicita mamadas mais frequentes, para ajustar novamente a taxa de produção do leite de sua mãe a sua maior demanda.
Sintomas na Criança. Ela não descansa entre as mamadas está inquieta, solicitando mamadas frequentes, dorme durante as mamadas acordando muito à noite, irritado durante as mamadas e logo após, solta o peito durante as mamadas.
RECOMENDAÇÕES Continue a amamentar sempre que a criança desejar, pode ser 12 a 15 ou mais vezes. Durante 2 a 7 dias tudo se normaliza e as mamadas voltam ao ritmo de 8 a 12 vezes no dia.
Sintomas na Mãe. Ela sente as mamas macias e vazias, reflexo de ejeção diminuído ou ausente, isto significa que enquanto o bebê mama numa das mamas a outra não pinga leite. A mãe sente durante essas crises dúvida em sua habilidade de nutrir exclusivamente seu filho.
RECOMENDAÇÕES Não oferecer outros líquidos ou alimentos • Peça ajuda para os outros afazeres domésticos • beber mais líquidos • confiar na sua habilidade de amamentar.
Lembre-se que o bebê está ajustando a produção do seu leite a sua nova e maior demanda. Cresceu e quer mais!
Em 98% dos casos essa crise dura menos de uma semana, em média 3 dias.
Essas crises são mais frequentes nas primeiras 12 semanas de lactação (75%) e vão diminuindo da 13a a 24a semanas (23%). Quando as mães lactantes são orientadas e apoiadas, aproximadamente 80% superam a percepção de redução de leite e prosseguem com sucesso a amamentação exclusiva.
Amamentar com mais frequência, conforme a solicitação do seu bebê Livre demanda) isto ajudará a aumentar a sua taxa de produção, e assim que a sua produção se ajustar à demanda do bebê, a rotina de mamadas voltará a espaçar.
É importante resistir à tentação de oferecer fórmula infantil nessa situação, pois, mesmo que acalme o bebê, diminui seu acesso a mama, reduzindo a estimulação e, por consequência, reduzindo a produção do leite materno. Portanto, com essas informações e tendo a consciência de que é uma situação transitória e que vai passar.
Recomendação: Mantenha a calma e amamente-o tanto quanto pedir. Lembre-se que ele está ajustando sua produção de leite à nova demanda.
Lembre-se de sempre oferecer as duas mamas a cada mamada, deixando o bebê na primeira mama enquanto ele estiver efetivamente sugando e engolindo. Ao perceber mudança no ritmo da sucção, em que as pausas entre uma sucção e outra se tornam muito maiores, ou a parada de sucção efetiva ele deve ser retirado, colocado para arrotar por poucos minutos e trocado para a outra mama.