Publicado/atualizado: junho/2023
Departamento Científico de Saúde do Escolar
Sim. Um dos eixos que norteia uma escola que promova saúde é a construção de ambientes saudáveis. Para isso, é de extrema importância cuidar dos aspectos de segurança das crianças, dos adolescentes e dos profissionais que atuam na escola. Assim, a prevenção de acidentes vai até o limite onde interfere com as atividades legítimas da escola, voltadas à aprendizagem e ao desenvolvimento integral dos estudantes.
Toda escola precisa ser liberada para funcionamento após cumprir requisitos de segurança, minuciosamente verificados e aprovados pelas secretarias de Educação, pelo Corpo de Bombeiros e pela Prefeitura Municipal. Deve ficar comprovado que as instalações foram bem construídas, sem defeitos estruturais; que há equipamentos para prevenção e combate a incêndios e segurança na piscina (se houver), com adequação à faixa etária que vai atender. Cabe ainda à escola manter esse ambiente, conservando-o seguro, utilizando materiais e equipamentos que impliquem em menos riscos e planejando atividades apropriadas aos estudantes.
As famílias participam desse movimento ao observar de forma atenta o ambiente escolar e seu entorno e comunicar e ter esclarecidas quaisquer dúvidas que tiverem relacionadas ao tema da segurança. Os pais também devem tomar o cuidado de não enviar à creche e à escola material perigoso, embora aparentemente inofensivo.
Na creche devem ser evitados talco, colares e correntes no pescoço, pelo risco de asfixia. Da mesma forma, deve ser restrito o acesso a objetos cortantes e pontiagudos, que podem ferir a criança, assim como objetos pequenos, facilmente deglutidos, introduzidos no nariz, nas orelhas ou mesmo aspirados para a traqueia. Brinquedos enviados à escola, para serem utilizados por crianças menores de 4 anos, precisam estar em boas condições, sem defeitos que possam machucar e sem partes pequenas, destacáveis. Calçados que não fiquem firmes nos pés ou que possuam cadarços também precisam ser evitados. Tamancos, sandálias e botinhas com salto mais alto são inadequados e instáveis.
Sim. Os pais e responsáveis devem prestar atenção na compra do material escolar, escolhendo itens que sejam certificados e considerados atóxicos – aqui estão incluídos tintas, colas, canetas, massas de modelar, anilinas, etc. Também é necessário cuidado com medicamentos, que devem ser administrados preferencialmente em casa e, se for imprescindível tomar na escola, não podem ficar ao alcance das crianças, mesmo dentro das mochilas e serem entregues aos cuidados do funcionário da creche ou escola, que deverá guarda-los em armário alto e trancado e sempre acompanhados da receita médica.
A chave de tudo é a informação e o acompanhamento. Crianças maiores e adolescentes passam a ter cada vez mais desafios, ao lidarem, eventualmente, em nas atividades escolares com fogo, motores, eletricidade, substâncias químicas, entre outros. Sendo assim, tanto a escola quanto a família, na sua função de educar, devem oferecer todas as informações necessárias para que o contato com esses instrumentos seja o mais seguro possível, destacando os cuidados e as capacidades individuais de lidar com elementos potencialmente perigosos, mas indispensáveis na vida de cada um.
Certamente. É preocupante e digna de grande atenção a proporção que vem assumindo o acesso de crianças e, principalmente, de adolescentes, a armas brancas e armas de fogo. Ressaltamos também a gravidade dos acidentes de trânsito e sua importância como causa de mortalidade, incapacidade temporária ou permanente e prejuízos no rendimento escolar. Todo cuidado é pouco, seja no transporte escolar, no transporte coletivo ou no carro particular. É obrigatório usar cinto de segurança, cadeirinhas e adaptadores nos assentos, de acordo com as idades e tamanhos dos passageiros. As gerações que agora se formam precisam ser orientadas para a prevenção de acidentes e contra atos de vandalismo, bullying e outras formas de violência. Ensinar é função da família, da escola e de toda a sociedade.