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Mastoplastia e amamentação

Departamento Científico de Aleitamento Materno 

  • Em primeiro lugar, é preciso considerar que existem dois motivos principais para uma mulher fazer uma cirurgia de redução de mamas (chamada de “mastoplastia redutora”): por questões de saúde ou por estética. Algumas mulheres têm mamas muito grandes, pesadas, que podem causar dores nas costas, pescoço e cabeça, além de problemas respiratórios, circulatórios ou mesmo ter efeito na sua imagem corporal e autoestima. Para segurar mamas muito volumosas, os sutiãs podem machucar ou irritar a pele. Essa seria uma indicação médica para uma cirurgia de redução de mamas. Atualmente, no entanto, talvez o principal motivo para fazer cirurgia de redução de mamas seja melhorar a estética. 

  • Isso vai depender de alguns fatores, como a técnica utilizada, a perícia do cirurgião e o volume de mama retirado. A técnica mais utilizada atualmente não corta a aréola e o mamilo, protegendo mais a função da mama para a amamentação. A técnica que corta a aréola com o mamilo para mudá-los de posição interfere mais.

  • Sim. É preciso avaliar cada caso em particular, fazendo especialmente o acompanhamento periódico com seu pediatra para verificar se o ganho de peso e crescimento da criança estão adequados. Logo após iniciar a amamentação, não é possível afirmar se a criança irá apresentar o ganho de peso esperado para os primeiros seis meses em amamentação exclusiva. Algumas mulheres conseguem amamentar exclusivamente e de forma bem-sucedida seus filhos até o sexto mês. Para outras, caso a criança não ganhe peso conforme o esperado, eventualmente poderá ser necessário oferecer outro tipo de leite, usando técnicas de suplementação adequadas, para garantir a oferta de nutrientes em volume suficiente para atender as necessidades da criança.

  • Antes de tomar a decisão de se submeter a uma cirurgia de redução de mamas, é importante que a mulher analise com tranquilidade sua opção, avaliando possíveis riscos para uma amamentação bem-sucedida e em que momento de sua vida irá realizar o procedimento. Atualmente, com maior acesso e publicidade sobre esse tipo de cirurgia, muitas mulheres realizam o procedimento ainda muito jovens, até mesmo antes de engravidarem, sem considerar a possibilidade de possíveis impactos que sua decisão poderá ter na amamentação de seus filhos futuramente. Também é aconselhável buscar orientação de profissionais qualificados sobre quais as técnicas que serão empregadas e quais seus possíveis efeitos na duração e efetividade da amamentação.