Departamento Científico de Aleitamento Materno
Na imensa maioria das vezes, não há nenhuma contraindicação para uma mãe amamentar seu bebê, se esse for o seu desejo. As restrições, quando existem, podem ser definitivas ou temporárias.
Mulheres infectadas com os vírus HIV (vírus da Aids) ou HTLV (vírus que afeta a imunidade das pessoas) não devem amamentar, pois existe o risco desses vírus serem transmitidos para a criança pelo leite materno.
Somente a vacina de febre amarela, em mães que estejam amamentando crianças abaixo de 6 (seis) meses de vida, tem como recomendação a suspensão do aleitamento materno por 10 (dez) dias.
São poucos os medicamentos usados pela mãe que impedem a amamentação, entre eles, por exemplo, os usados na quimioterapia. Mas para a maioria dos remédios, não há problema, mesmo para os antibióticos e os antidepressivos. A mulher deve consultar um profissional de saúde sempre que precisar ser medicada. Dentre as diversas opções para um tratamento, o profissional poderá escolher aquele que seja mais seguro para ser usado durante a amamentação. Às vezes, poderá ser necessário suspender temporariamente o aleitamento durante o tratamento.
Mães que sejam usuárias regulares de drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, anfetamina, ecstasy e outras) não devem amamentar seus filhos enquanto estiverem fazendo uso dessas substâncias.
A recomendação é entrar em contato com o pediatra ou com o banco de leite. Através de sites de pesquisa específicos, embasado em fontes do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, pode-se avaliar os riscos, manter, substituir ou suspender o uso dessas drogas. Se o tratamento foi indicado ou suspenso por algum profissional que não conheça a relação de substâncias e medicamentos que passam ou não através do leite materno, sempre converse com seu pediatra.
Em algumas outras situações (algumas infecções, exame com radiofármacos, consumo eventual de álcool, etc.) é recomendado que se suspenda o aleitamento materno temporariamente, sempre sob a orientação de profissionais de saúde. O tempo sem amamentação varia de acordo com cada situação. A mulher precisa ser orientada como proceder para manter a produção de leite durante o período em que ela não pode amamentar.
Quando a suspensão da amamentação for transitória, se for possível programar a mulher pode tentar retirar o leite antes da suspensão, para ser oferecido à criança durante o período em que ela não puder amamentar. Esse leite pode ser mantido 12 horas na geladeira e até 15 dias congelado. Enquanto isso, é importante que a mãe continue estimulando a produção do seu leite, com retiradas de leite regulares, nos horários em que a criança costumava mamar. Assim, quando ela puder voltar a amamentar, terá leite suficiente para alimentar o seu filho.