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Vacinação contra o HPV

Publicado/atualizado: abril/2024

Isabella Ballalai

Departamento Científico de Imunizações

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), cerca de 50% da população brasileira está infectada pelo vírus HPV. Isso é muito preocupante, já que o HPV é responsável por 99% dos casos de câncer do colo do útero, uma doença que mata cerca de 7.000 mulheres brasileiras por ano. E não para por aí, o HPV também causa verrugas genitais, câncer de ânus, de garganta e boca, de pênis, de vulva e de vagina.

Importante dizer que, além de vacinas muito eficazes, as vacinas HPV são também muito seguras. Hoje, após a aplicação de milhões de doses em todo mundo não faltam dados que demonstrem isso. De todos os registros de eventos adversos supostamente atribuíveis à vacinação contra o HPV, nos diferente países, poucos leves a moderados foram considerados relacionados à vacina: manifestações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço), alérgicas (urticária e prurido) e gerais como náuseas, vômitos e dor de cabeça. Diferente do que muitas vezes circula nas mídias sociais de forma equivocada, nenhum caso de doença grave, neurológica, paralisia ou doença autoimune foi relacionado às vacinas HPV.

No entanto, como já registradas com muitas outras vacinas, reações psicogênicas como pânico e desmaios causados pelo medo da injeção e outros gatilhos e não pela vacina (e não só a HPV), principalmente em adolescentes,  podem desencadear a doença psicogênica em massa, definida como a ocorrência coletiva de uma constelação de sintomas sugestivos de doença orgânica, mas sem uma causa identificada em um grupo de pessoas com crenças compartilhadas sobre a causa e, muitas vezes alimentada por grupos antivacinistas.

Juntos podemos eliminar o câncer de colo uterino!