SMAM 2019

SBP e Ministério da Saúde fecham parceira para promoveatividades 

 

Durante o lançamento da Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM), em Brasília (DF), em 31 de julho, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, elogiou a participação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) no desenvolvimento da campanha institucional sobre o tema que passará a ser divulgada em agosto. As peças que serão veiculadas em rede nacional destacam a participação masculina no estimulo ao aleitamento. 

 

“O pai é o grande elemento de suporte e deve entender as dificuldades da mulher durante a amamentação. Ao dar apoio à mulher, o pai também está amamentando seu filho neste momento que é determinante na vida do seu filho”, frisou o ministro da Saúde. 

MENSAGEM - A campanha trouxe como mensagem central a relevância do apoio e do incentivo à família que está amamentando e mostra a importância deste momento para o bebê. Também reforça a necessidade do aleitamento materno até os dois anos ou mais, sendo de forma exclusiva até os 6 meses de vida do bebê. A veiculação da campanha ocorreu entre os dias 1º e 15 de agosto. 

 

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O lançamento da campanha aconteceu na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), e teve a participação do Governador do Distrito Federal (GDF), Ibaneis Rocha; da representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross, da representante da UNICEF, Florence Bauer, e do coordenador da Rede Global de Banco de Leite Humano, dr. João Aprígio Guerra de Almeida. 


A cerimônia também contou com depoimentos da Juíza do TJDFT, Caroline Lima, mãe, apoiadora da amamentação e responsável pelo credenciamento de quatro Salas de Apoio à Amamentação no TJDFT; e da primeira dama do Distrito Federal, Mayara Noronha, sobre sua atual experiência de amamentação e os trabalhos desenvolvidos no Governo do Distrito Federal (GDF) para a causa da saúde da criança. 

 

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AMPARO - A SMAM ocorre de 1 a 7 de agosto em mais de 170 países. Neste ano, o destaque foi para a importância do amparo de toda a rede de apoio (família, amigos, profissionais de saúde, empresários) aos pais, em especial às mulheres que estão amamentando. A campanha trouxe o slogan “Amamentação. Incentive a família, alimente a vida”, que reforça o tema anual da Semana Mundial de Amamentação da World Alliance for Breastfeeding Action (WABA): “Capacite os pais, permita a amamentação” (tradução livre). 

 

“A SBP trabalha não só a Semana Mundial de Aleitamento Materno, mas o Agosto Dourado, mês voltado à amamentação no Brasil, com a divulgação de cardspodcasts, vídeos e artigos científicos voltados ao tema. Para a SBP, o aleitamento materno é algo multifatorial e multiprofissional e sabemos a diferença que a fala do pediatra tem. Todas as pesquisas mostram: o que o pediatra fala tem um grande peso”, destacou dr. Luciano Borges, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP e representante da instituição no evento. 

 

Ele pontuou ainda as ações da SBP para este ano na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, entre as quais estão o contínuo investimento na capacitação dos pediatras associados à instituição, da inclusão do tema aleitamento materno no novo modelo de formação da Residência em Pediatria em três anos, as aulas EAD e a realização do 2º Simpósio de Aleitamento Materno no 39º Congresso Brasileiro de Pediatria, em Porto Alegre (RS). 

 

SALAS DE APOIO – Durante a solenidade, o ministro Luiz Henrique Mandetta fez outros informes importantes. Primeiro anunciou a certificação de duas novas Salas de Apoio à Amamentação no Distrito Federal: uma na Fiocruz Brasília e uma no Ministério da Cidadania. Os dois serviços terão capacidade para atender cerca de 800 mulheres em suas unidades. A ação de incentivo à criação de salas de apoio à amamentação é realizada em parceria com a SBP. 

 

O Brasil possui 228 Salas de Apoio à Amamentação em todo o país credenciadas pelo Ministério da Saúde. A ação surgiu em 2010, com apoio da SBP, com o objetivo de apoiar a mulher que retorna ao trabalho após o nascimento do seu filho e deseja continuar amamentando o filho. As Salas de Apoio à Amamentação são locais simples e de baixo custo para as empresas, onde a mulher pode retirar o leite durante a jornada de trabalho e armazená-lo corretamente para que ao final do expediente possa levá-lo para casa e oferece-lo ao bebê. 

 

 “A amamentação é algo extremamente sério para a saúde de todos nós. Investir em aleitamento materno é investir no padrão ouro de alimentação. É o início fundamental, é o momento de programação metabólica da criança que fará diferença em toda a sua vida. A criança que amamenta terá uma saúde diferenciada, será mais inteligente, terá melhor desenvolvimento neuropsicomotor”, destacou o presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP e representante da instituição no evento, dr. Luciano Borges Santiago durante seu discurso. 

 

AMIGO DA CRIANÇA – O ministro também anunciou a habilitação de 39 unidades hospitalares como Hospital Amigo da Criança, para qualificar ainda mais a atenção à saúde da gestante e do bebê no país. Desse total, 31 terão a habilitação renovada, representando incremento do incentivo financeiro repassado pelo Governo Federal. As outras oito unidades serão habilitadas pela primeira vez. Com a medida, o Ministério da Saúde irá repassar um total de R$ 2 milhões ao ano para o custeio dessas unidades. 

 

Atualmente, o Brasil possui 317 hospitais Amigos da Criança e repassa, anualmente, mais de R$ 9 milhões para a iniciativa, que visa a reorganização das práticas hospitalares, para aumentar as taxas de amamentação na primeira hora de vida e aleitamento exclusivo na alta hospitalar. 
 

A iniciativa existe em 131 países e estimula práticas de atendimento humanizado às mães e bebês, além do incentivo ao parto normal. Trata-se de um selo de qualidade conferido pelo Ministério da Saúde aos hospitais, que devem respeitar critérios, como os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno; cumprimento da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para lactantes e crianças de primeira infância (NBCAL), bicos, chupetas e mamadeiras; além do cuidado respeitoso e humanizado à mulher durante o pré-parto, parto e o pós-parto; garantir livre acesso à mãe e ao pai na unidade de saúde e a permanência deles junto ao recém-nascido internado, durante 24 horas. 

 

ALIMENTO COMPLETO – O Brasil tem o tema do aleitamento materno como uma agenda prioritária. Assim, tem investido em ações de saúde pública para garantir uma melhor assistência às mães e bebês, inclusive na regulamentação de leis que promovem e protegem o aleitamento materno contra o marketing abusivo de produtos que interferem na amamentação. 

 

O aleitamento materno é a melhor fonte de nutrição infantil, sendo capaz de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos. Protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias. Além disso, reduz o risco de a criança desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes, sobrepeso e obesidade na vida adulta. 

 

O Ministério da Saúde e a SBP recomendam que as crianças sejam amamentadas até os dois anos ou mais e de forma exclusiva até o 6º mês de vida.  Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef, cerca de seis milhões de crianças são salvas a cada ano com o aumento das taxas de amamentação exclusiva até o 6º mês de vida. 

 

“Não existe investimento em saúde que dê mais retorno financeiro do que investir em aleitamento materno. Uma publicação da revista Pediatrics, da Academia Americana de Pediatria (AAP), deixa claro: a cada US$ 1,00 investido em amamentação o retorno é de US$ 2,00 a US$ 3,00”, exemplificou dr. Luciano Borges. 

 

Estudos comprovam que a promoção do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida gera uma economia de gastos com saúde da criança pequena à vida adulta, evitando uma série de doenças. “A amamentação é algo que muda a vida de todos nós e do País. Estudos comprovam que se 90% das mulheres amamentassem, haveria uma economia anual de bilhões de dólares em saúde da criança em curto e em longo prazos”, salientou dr. Luciano Borges. (Com informações da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde). 

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