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Consenso de cuidado com a pele do Recém nascido
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Visão geral e cuidados
da pele do recém-nascido
Susana Giraldi
Tânia Bernadete Campos
INTRODUÇÃO
A pele é o órgão que protege o organismo contra ações mecânicas, térmicas e químicas,
e agentes agressores infecciosos e tóxicos. A comunicação do meio externo com o interno
envolvido pela pele, é mediada por numerosos receptores sensoriais que se encontram na
superfície cutânea.
O sistema nervoso e a epiderme têm a mesma origem, desenvolvem-se a partir do ectoderma.
A vulnerabilidade da pele humana depende do estágio de maturidade em que ela se encontra:
no embrião, no recém-nascido prematuro, no recém-nascido a termo, no lactente, na criança
maior ou no adolescente.
Pesquisas têm evidenciado as mudanças que ocorrem na embriogênese com a formação da
pele em torno da 6ª semana de gestação, contribuindo para o esclarecimento de várias doen-
ças genéticas que a acometem.
Importantes estudos evidenciaram a idade em que a pele infantil é mais vulnerável, especial-
mente se considerarmos a diferença em relação à sensibilidade da pele, nas suas várias fases
evolutivas, em relação à pele do adulto.
Os sinais cutâneos podem se constituir em um método não-invasivo para o diagnóstico de
muitas malformações que acometem o feto: genodermatoses e alterações cutâneas causadas
por uso de substâncias tóxicas pelas gestantes.
Quanto menor a idade gestacional, maior é a imaturidade da barreira cutânea, resultando em
maior permeabilidade e maior risco de absorção de substâncias que se tornam tóxicas. A idade
do paciente é de extrema importância, pois existem doenças de pele com maior incidência em
determinados grupos etários.
A pele do recém-nascido pré-termo e a termo, do lactente, do escolar e do adolescente pos-
suem menor ou maior barreira funcional dependendo do grau de maturidade do estrato córneo.