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Sociedade Brasileira de Pediatria | Relatório 2017 - 2018 155 Saúde Suplementar A desvalorização do trabalho do pediatra pelos planos de saúde atinge níveis insuportáveis, o que exige a revisão urgente dos seus honorários pelas operadoras de planos de saúde como forma de estímulo à permanência dos profissionais nas redes de cobertura, fator essencial à segurança dos pacientes pediátricos; A puericultura, como prática essencial ao bom atendimento desde o nascimento até a adolescência, deve ser estimulada pelas operadoras, valorizando-a com remuneração compatível (já aprovada) com sua importância e sua qualificação exigida para o monitoramento do crescimento e do desenvolvimento, questões de alta complexidade somente dominadas pelo pediatra; A relação entre planos de saúde e médicos deve ser reequilibrada, com efetivo arbítrio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a partir do fim da interferência das empresas na atuação dos profissionais, assegurando-lhes autonomia, com base nas evidências científicas, e respeito aos contratos de trabalho estabelecidos; A criação de duas consultas no pré-natal com o pediatra e maior ênfase ao papel desse especialista na prevenção das doenças, inclusive com a garantia de sua presença do pediatra em todos os partos, precisam ser vistos como pontos importantes para o fortalecimento da assistência infanto-juvenil; As operadoras de planos de saúde devem criar um procedimento específico de avaliação pediátrica em consultório (com remuneração diferenciada para a saúde suplementar e código de consulta de puericultura), ressaltando-se que esse tipo de procedimento não se restringe apenas ao lactente, mas deve ocorrer em todas as idades pediátricas até o fim da adolescência; Os gestores das operadoras de planos de saúde devem estabelecer mecanismos para manter o padrão de remuneração dos pediatras no mesmo patamar do praticado com relação a outras especialidades médicas, valorizando esses profissionais pela sua capacitação e papel-chave no atendimento das especificidades de crianças e adolescentes e evitando-se distorções indevidas. Relação com a Sociedade A violência (física, verbal, emocional,psicológica),que tem se tornado rotineira nos estabelecimentos de saúde, implica, necessariamente, em ações a serem tomadas pelas autoridades competentes que aumentem a percepção de segurança nas unidades, inclusive com o fim de pontos de desgaste na relação com o paciente a partir da solução de problemas que devem ser, obrigatoriamente, resolvidos em nível de gestão. Ressalte-se que muitas destas situações se relacionam à precariedade das condições, aspectos sobre os quais a população deve ser conscientizada; Continua... 1. 1. 2. 3. 4. 5. 6.

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