Causas congênitas estão entre os fatores de risco para o derrame cerebral infantil
No dia em que as atenções se voltam para a prevenção do AVC (Acidente Vascular Cerebral), em 29 de outubro, especialistas alertam para uma tendência preocupante: a incidência do problema em crianças e adolescentes. Um levantamento publicado pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) estima que, por ano, o derrame cerebral afete de 2,5 a 13 a cada 100 mil pacientes pediátricos.
O jovem Arthur Santos, de 11 anos, já fez parte dessa triste estatística. Apesar de ter passado por dois episódios de AVC nos últimos dois anos, ele conseguiu se recuperar bem e sem grandes sequelas. A mãe, Andreane Santos, atribui o diagnóstico precoce à boa recuperação do filho. "Nos dois casos, ele teve sintomas fortes, como dor de cabeça e vômitos. Logo que percebemos parte do corpo dele paralisado, corremos imediatamente para o hospital e os médicos diagnosticaram e começaram o tratamento. Hoje seguimos com os especialistas para descobrir a cauas", diz.
Diferentemente do AVC em adultos, que normalmente está associado ao estilo de vida, incluindo obesidade, pressão alta ou tabagismo, o acidente vascular em crianças normalmente tem como fator de risco causas congênitas. "Anemia falciforme, cardiopatia congênita, hipercolesterolemia e diabetes são alguns exemplos. Mas isso não quer dizer que uma criança saudável não possa sofrer com o quadro. Por isso, é necessária uma ampla investigação para descobrir a fonte do problema e oferecer o devido tratamento para evitar a reincidência", explica a presidente da SGP (Sociedade Goiana de Pediatria), Valéria Granieri.
A médica ainda alerta que os pais devem prestar atenção a qualquer sintoma, já que a rapidez no tratamento aumenta as chances de sobrevida e recuperação. "Se a criança tiver um dos lados do corpo paralisado, visão turva, tontura, dor de cabeça forte ou dificuldades na fala, é necessário ir urgentemente ao hospital", reforça.
Tratamento
Da mesma forma que é indicado para adultos, o AVC infantil é tratado com medicamentos específicos para o tipo de derrame (hemorrágico ou isquêmico). Em casos graves, é necessária intervenção cirúrgica. "O tratamento é altamente individualizado e depende da gravidade e das necessidades específicas de cada criança. Uma resposta rápida e a coordenação entre uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde são fundamentais para maximizar as chances de recuperação completa ou com o mínimo de sequelas", finaliza Granieri.
Fonte: Assessoria de comunicação/SGP
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