Para a Diretoria de Defesa da Pediatria da SBP, o 41º CBP foi um marco histórico. A participação dos congressistas nas duas sessões realizadas, nas rodas de conversa e em outras ações ao longo da programação deixaram claro para a entidade que este é um tema incorporado pelos especialistas, cada vez mais conscientes do papel de protagonismo que exercem na luta por seus direitos e os de seus pacientes. No peito, fica o lema: “A Pediatria Sou Eu; A SBP Somos Nós”.
“Tudo o que aconteceu neste congresso coroa um trabalho de anos. Mais do que defesa profissional, temos atuado em prol da defesa do pediatra, da boa condição de vida, da qualidade de vida, da autoestima. Lutamos para que o pediatra esteja inserido em ambientes qualificados para o trabalho, tenha boa remuneração”, disse o diretor Fábio Guerra, para quem os resultados alcançados são fruto de planejamento, que inclui articulação com áreas como marketing e relacionamento com a imprensa.
Um ponto importante para o êxito da estratégia desenhada pela Defesa da Pediatria da SBP é a forte integração entre a nacional e as filiadas. “As sociedades regionais são extremamente importantes, pois atuam em capilaridade, fazendo com que as informações e comandos cheguem até os pediatras”, ressaltou Guerra, para quem há outro eixo de peso dentro do movimento em curso: o estabelecimento de alianças com as famílias brasileiras.
Para a SBP, a família deve tomar conhecimento do que é o trabalho do pediatra e do direito que têm a uma assistência qualificada para suas crianças e adolescentes. Neste sentido, precisam ser bem-informadas sobre esses pontos, dando-lhes subsídios para cobrar de gestores e outros tomadores de decisão a presença de um profissional qualificado e habilitado para o atendimento dos mais jovens.
“Temos que trabalhar junto às famílias, produzir material de qualidade com foco nos pais e responsáveis. A SBP tem essa função de produzir conteúdo para os pediatras e agora está incentivando e produzindo esclarecimentos para as famílias. Ao cumprir esse papel social, a sociedade fortalece a população a reivindicar a maior participação do pediatra nos diversos níveis da assistência”, afirmou Edson Liberal, 1º vice-presidente da SBP.
De acordo com Guerra, há espaços que precisam ser retomados. “Hoje, estamos vendo a falta do pediatra na Atenção Primária e pasmem, a falta do pediatra nas situações de urgência emergência. Estamos percebendo a falta de pediatras para atendimento nas UPAS, onde há necessidade de um médico com experiência e qualificado para fazer o atendimento correto. Então, a preocupação da SBP é colocar o pediatra no local, que é seu por direito para que possa a diferença no cuidado com as crianças e adolescentes”, arrematou.
Para os próximos meses, a SBP quer levar esse trabalho de conscientização adiante, com mais investimentos em comunicação focada nos pediatras e nas famílias, além de sensibilizar os gestores, em especial os públicos, para sua responsabilidade. Afinal, o caminho é o da mudança: “se não mudarmos essa lógica do que está acontecendo, certamente teremos resultados que não serão bons do ponto de vista de saúde pública, do ponto de vista de saúde das nossas crianças e adolescentes”, pontua Fábio Guerra
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