Fruto de uma pesquisa realizada pela Coordenação de Ensino na Graduação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o artigo “Ensino de pediatria e puericultura no curso médico: cenários de prática em discussão" foi publicado no volume 48, número 3, da Revista Brasileira de Educação Médica (RBEM). O texto, disponibilizado em português e inglês, foi desenvolvido em parceria com docentes do Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina (EPM-USP) e traz os resultados de um estudo no qual participaram 37 escolas médicas de todas as regiões do País.
De acordo com a coordenadora de Ensino de Graduação da SBP, dra. Rosana Puccini, a realização de uma pesquisa nacional junto às instituições de ensino superior foi fundamental para conhecer e aprofundar a discussão sobre esse o ensino de pediatria e puericultura, destacando debates sobre carga horária, preceptoria e cenários de práticas.
“Muitas mudanças ocorreram nos últimos anos, epidemiológicas, avanços tecnológicos e científicos, mas principalmente aquelas relacionadas à estruturação e organização dos serviços de saúde, exigindo alterações também na formação do médico. Ao mesmo tempo que dispomos de recursos pedagógicos excepcionais para apoiar o processo de ensino-aprendizagem, novos desafios têm se apresentado para sua concretização”, salientou ela.
RESULTADOS - A pesquisa evidenciou que o ensino sobre saúde da criança e do adolescente desenvolve-se em todos os níveis de assistência à saúde, contemplando em média 11% da carga horária total do curso. O número supera os 10% propostos pela SBP. Verificou-se também que nas escolas médicas pesquisadas houve predominância de docentes e médicos pediatras na preceptoria, e a puericultura permaneceu como componente relevante na Atenção Básica, fator apontado como positivo.
Foram encontradas, entretanto, dificuldades para manutenção desse cenário de prática, tendo em vista o modelo assistencial adotado, que não prevê o pediatra na Atenção Básica para o atendimento da criança e do adolescente, e o significativo aumento de escolas médicas sobrecarregando essas unidades de saúde.
De acordo com a 1ª secretária da SBP, dra. Ana Cristina Ribeiro Zöllner, os dados coletados são relevantes uma vez que reforçam as diretrizes e premissas já estabelecidas para o ensino de pediatria. “É uma pesquisa científica, de abrangência significativa que corrobora a atuação da SBP, voltada aos gestores públicos, para que a assistência à saúde da criança e do adolescente seja realizada pelo pediatra em todos os níveis de atenção. É um passo significativo para respeitar, na prática, os princípios da universalidade, integralidade, dos cuidados continuados, em suma, do direito à saúde”, finalizou a especialista.
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