Países de Língua Portuguesa debaterão a abordagem de crianças e adolescentes com doenças crônicas e complexas

As experiências dos países de língua portuguesa na abordagem de crianças e adolescentes com doenças crônicas e complexas serão apresentadas no próximo webinar do Grupo de Trabalho Pediatria Internacional dos Países de Língua Portuguesa. O evento online acontecerá no dia 10 de agosto, a partir das 15h (horário do Brasil).

Na reunião do Grupo, realizada na última semana, ficou definido que a moderação será feita por um especialista de Cabo Verde. Os nomes dos palestrantes serão enviados em breve pelos representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde e Portugal. Outros dois temas de webinars já foram definidos: Saúde mental na infância e adolescência e Emergência, que ocorrerão nos meses de outubro e dezembro, respectivamente.

“Esses são os temas pré-definidos, contudo pode haver mudanças de acordo com as demandas dos países participantes. Nosso objetivo é sempre tratar de temas que sejam de maior interesse, levando-se em consideração o cenário de cada localidade”, explicou a coordenadora do Grupo, dra. Marcela Damásio.

CAPACITAÇÃO – Outro assunto abordado foi a reunião ocorrida entre a diretoria da SBP com representantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), para atender às demandas por capacitação que são apresentadas pelos países africanos participantes do GT Pediatria Internacional Países de Língua Portuguesa.

A ABC já sinalizou que irá apoiar a realização da terceira etapa do projeto de transferência de tecnologia de conhecimento de capacitação na Reanimação Neonatal em Moçambique, na África. “A terceira etapa já está garantida pela ABC. Vamos nos organizar para nos reunir e passar as tratativas de quando e como será esse treinamento. Importante orientar os países que tenham interesse em capacitações in loco para que enviem a demanda chegue até a ABC para ser avaliada e obter a aprovação. Todos os pedidos devem ser feitos institucionalmente pelos governos dos países que desejam receber o treinamento”, explicou dra. Marcela.

Uma vez cumprida essa formalidade, abre-se a possibilidade de a SBP participar disponibilizando o capital humano e alguma tecnologia que possa ser levada aos países, sempre com intuito de capacitar e dar autonomia. 

O 1º vice-presidente da SBP, dr. Edson Ferreira Liberal, reforçou a importância de formalização dos pedidos via Ministério da Saúde ou Ministério da Educação junto à embaixada brasileira do seu país. Ele salientou que, além da Reanimação Neonatal, também tem o programa PALS (Pediatric Advanced Life Support), entre outros programas que podem estabelecer parcerias.