O presidente do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Jandrei Markus, representou a entidade durante o 2º Simpósio Brasileiro sobre Doenças Crônicas de Pele, realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). O evento, promovido pela Frente Parlamentar das Doenças Crônicas de Pele em parceria com a ONG Psoríase Brasil na última terça-feira (12), teve como mote central “Avanços no Diagnóstico e Tratamento das Doenças Crônicas de Pele”.

Na avaliação do especialista da SBP, o encontro ampliou o debate sobre essas patologias, que comprometem a qualidade de vida dos pacientes e, em muitos casos, até dificultam a convivência social. “O reconhecimento das dificuldades enfrentadas por esse grupo já é um avanço em si. Poder estabelecer esse debate junto aos parlamentares é um passo decisivo na luta por melhorias na assistência, tanto para aprimorar a capacidade diagnóstica quanto terapêutica”, reforçou.

PROGRAMAÇÃO - Estiveram em pauta, tópicos como atualização dos protocolos das doenças crônicas de pele; critérios de incorporação de tecnologias; desafios do diagnóstico ao tratamento da artrite psoriática; e mais. Segundo o dr. Jandrei Markus, apesar de embrionária, as discussões legislativas sobre o tema vêm avançando e a participação da SBP é indispensável, pois grande parte dos pacientes iniciam o curso de sua doença ainda na infância ou adolescência.

“Ao longo das sessões, muito se falou sobre a relevância do diagnóstico precoce e da necessidade de capacitar os profissionais para reconhecer essas doenças, a exemplo da psoríase e dermatite atópica. O pediatra deve sempre estar atento porque é o primeiro profissional que atende a maioria desses pacientes. Nesse sentido, a SBP reforça a importância do aprendizado da dermatologia pediátrica como parte do currículo da residência em pediatria e ainda a criação da área de atuação de dermatologia para aperfeiçoar a qualificação”, frisou.

Participaram do Simpósio deputados federais, representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), além de médicos especialistas.