Com o objetivo de difundir conhecimento sobre manejo de pacientes com falência intestinal (FI), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) criou o Grupo de Trabalho “Insuficiência Intestinal”. Coordenado pela gastroenterologista pediátrica goiana, dra. Marise Helena Cardoso Tófoli, o GT proporcionará capacitação para as equipes médicas e multidisciplinares no manejo de pacientes com esse quadro, entre outras ações.
“A intenção do grupo é identificar a prevalência dos pacientes com falência intestinal. Nosso GT é formado por gastropediatras, nutrólogos, cirurgiões pediátricos e enfermeiras. Sendo assim, queremos levar conhecimento para as equipes hospitalares, para que possam impactar na sobrevida e qualidade de vida dos pacientes”, enfatizou dra. Marise.
DEFINIÇÕES – A falência intestinal é uma condição rara e debilitante que apresenta grandes desafios em sua abordagem nos quadros agudos e crônicos. Ela é definida como a redução da massa intestinal funcional abaixo da quantidade mínima necessária para a digestão e a absorção adequada de nutrientes e líquidos para o crescimento em crianças e manutenção do peso em adultos.
“O tratamento de pacientes com essa condição é de alta complexidade e requer a ampliação do seu alcance em virtude das demandas crescentes. Atualmente, no Brasil, há uma carência de centros especializados que possam oferecer serviços adequados aos pacientes nas diversas regiões do País”, disse a especialista.
REABILITAÇÃO - A primeira opção de tratamento para os pacientes que necessitam de nutrição parenteral (NP) por tempo prolongado é a NP domiciliar. A modalidade já é consolidada na Europa e América do Norte, e no Brasil ainda se encontra em fase de implementação no Sistema Único de Saúde (SUS).
Nesse sentido, existem os chamados Programas Multidisciplinares de Reabilitação Intestinal (PRIs), que buscam oferecer condições de tratamento para que os pacientes alcancem a autonomia enteral com a suspensão completa da NP. Além disso, eles visam a desospitalização dos pacientes em uso do NP domiciliar para proporcionar melhores desfechos clínicos e a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias.
Segundo estudos, a implantação de programas multidisciplinares de reabilitação intestinal tem impacto direto na redução das complicações. Atualmente, existem três centros de Reabilitação Intestinal de grande volume no Brasil, definidos como centros com programas multiprofissionais que acompanham mais de 20 pacientes em uso de nutrição parenteral (NP) domiciliar. São eles: Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Hospital Sírio-Libanês - São Paulo iniciado em 2016 pelo PROADI-SUS e Hospital Samaritano - São Paulo iniciado em 2015 com atendimento de privados/convênios.
“É muito importante a ampliação da área de abrangência com a criação de novos centros de referência para oferecer o tratamento adequado aos pacientes com FI. Por isso, o nosso GT também tem como proposta de trabalho a identificação e desenvolvimento de novos centros de referência, atuando em colaboração próxima com o Ministério da Saúde. Quanto mais pacientes tiverem acesso a um local de qualidade, com uma equipe multidisciplinar treinada, melhor será sua chance de sobrevida, além da efetiva melhoria em sua qualidade de vida e de seus familiares”, concluiu dra. Marise Tófoli.
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