SBP lança nova edição de manual com foco no consumo de lanches saudáveis

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de lançar o “Manual Lanches Saudáveis - 3ª edição revisada e ampliada”. A publicação traz subsídios para os pediatras orientarem adequadamente às famílias na tomada de decisão sobre a alimentação de crianças e adolescentes. Conforme descreve o texto, nas últimas décadas, o Brasil tem passado por importantes mudanças econômicas e demográficas que alteraram o perfil nutricional de suas populações. Atualmente, a obesidade, muitas das vezes associada à deficiência de micronutrientes e à baixa estatura, é considerada um dos principais problemas de saúde pediátrica.

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De acordo com o Manual da SBP, muitas pesquisas têm relacionado o excesso de peso e a obesidade ao elevado consumo de produtos ultraprocessados no ambiente escolar. Por isso, ao longo de pouco mais de cem páginas, o documento da SBP apresenta recomendações valiosas sobre como produzir e incluir lanches mais saudáveis na rotina escolar, uma vez que a estratégia de promoção de hábitos alimentares adequados entre escolares têm demonstrado globalmente sua relevância científica e social.

CONTEÚDO — Elaborada por diversos especialistas da SBP e colaboradores, a publicação discute uma ampla diversidade de tópicos, entre eles: “Educação alimentar e nutricional”; “Perfil atual do lanche escolar no Brasil”; “Recomendações calóricas e da proporção de macronutrientes da alimentação do escolar”; “Segurança alimentar na alimentação do escolar “; e mais.

Além disso, o texto da SBP inclui ainda duas seções dedicadas a ensinar receitas, fornecendo sugestões e exemplos práticos de lanches saudáveis e especiais. Nas indicações, há receitas doces e salgadas, como panquecas, crepiocas, brigadeiros, bolos, biscoitos, omeletes, pães, muffins, tortas salgadas e muitos outros.

Segundo ressalta o presidente da SBP, dr. Clovis Francisco Constantino, o conhecimento científico multiplica-se em progressão geométrica e há a necessidade periódica de difusão destes novos conteúdos.

“É papel dos pediatras brasileiros colocarem em prática os conceitos descritos pelo Manual, sempre com o espírito crítico necessário, mas também acolhimento as famílias. Há uma sensibilidade humanística que só o pediatra tem, com sua consciência de quem vive e trabalha num País de tantas desigualdades sociais, no qual ainda persistem a fome e a insegurança alimentar, com nutrição insuficiente ou má nutrição”, pondera.