Pela primeira vez, um Congresso Brasileiro de Pediatria conta com a Tenda do Aleitamento Materno, iniciativa criada para incentivar a inserção da mulher que amamenta em todos os espaços da sociedade. Idealizado pelo Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP, a tenda busca servir como um suporte às congressistas que precisam alimentar seus bebês enquanto estão presentes no evento, fortalecendo a promoção, proteção e apoio da amamentação.
Segundo a neonatologista Rossiclei Pinheiro, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno e professora de Saúde da Criança na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a iniciativa é uma resposta aos desafios que as mães enfrentam ao amamentar em locais públicos, especialmente em eventos.
“Essa mãe tem o direito de amamentar e o bebê tem o direito de ser amamentado”, afirma a especialista. A Tenda possibilita que as mães presentes possam continuar amamentando, sem a preocupação de impactar no desmame durante o 41º CBP, enquanto estão estudando e se especializando. Além disso, o espaço oferece um ambiente acolhedor para que as participantes tirem dúvidas e compartilhem experiências.
A Tenda do Aleitamento Materno também traz informações sobre os benefícios da amamentação, enfatizando sua importância para a saúde e o desenvolvimento da criança. Estudos demonstram que a amamentação continuada, por dois anos ou mais, traz inúmeros benefícios para o bebê e para a mãe, uma prática que a SBP tem trabalho através das evidências científicas, incluindo a proteção legal da amamentação.
Futuramente, o Departamento Científico de Aleitamento Materno prevê a criação de uma sala de apoio à amamentação em todos os eventos da SBP, em que a mãe também tenha espaço para extrair o leite e conservá-lo de forma segura até a oportunidade de alimentar o bebê.
“Nosso trabalho é no sentido de tornar a amamentação em público cada vez mais natural, pois a mulher ainda é muito julgada. A amamentação nos torna mais humanos. Precisamos reeducar a população para que a amamentação seja vista como um ato natural e essencial”, destaca Rossiclei.
Segundo ela, o ato de amamentar pode mudar o mundo e melhorar os indicadores de mortalidade infantil, conforme evidenciado pela ciência. “É uma causa que precisamos continuar apoiando”, conclui a médica e pesquisadora, mãe de dois filhos amamentados.
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