O 1º vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Edson Ferreira Liberal, participou em Brasília (DF) de reunião com o novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), dr. César Fernandes, e outros representantes de sociedades de especialidades médicas. O encontro, realizado na terça-feira (11), discutiu pautas importantes da pasta.
Durante a conversa, o vice-presidente da SBP parabenizou o ministro por convocar, logo no primeiro dia de sua gestão, a classe médica para debater os principais gargalos da assistência e salientou a importância de rever o papel do pediatra na rede pública de saúde, em seus diversos níveis. “Atualmente, o Sistema Nacional de Regulação (SISREG) tem uma fila extremamente grande, de crianças e adolescentes que aguardam por atendimento de especialistas, em variadas áreas de atuação. É preciso analisar quais os motivos desse fenômeno e implementar mudanças com celeridade”.
Conforme ponderou, muitas vezes, os pacientes pediátricos têm sido encaminhados a especialistas por médicos recém-formados, sem antes passar pela avaliação ou acompanhamento do pediatra. “Há crianças com questões neurológicas e com atraso no desenvolvimento que, ao invés de serem encaminhadas ao pediatra para imediata intervenção e estimulação, são primeiramente direcionadas a especialistas para obter um diagnóstico fechado, e pode levar meses para começar o atendimento. É uma janela de oportunidade que se perde”, frisou o dr. Edson Liberal.
Na avaliação do representante da SBP, esse primeiro atendimento, quando feito por médico recém-formado, pode incorrer em equívocos. Já o pediatra, que passa por uma residência médica de três anos, tem capacidade efetiva de resolutividade.
“O pediatra pode realizar intervenções precocemente e até mesmo diversos diagnósticos, agilizando o atendimento e beneficiando o paciente. O sistema, da forma como está estruturado, gera atrasos para as crianças e os adolescentes, que permanecem na fila do SISREG. A SBP está à disposição para trabalhar em conjunto com o Ministério da Saúde e efetivar a inserção do pediatra na rede de assistência à saúde, em seus diversos níveis”, concluiu.
ENFRENTAMENTO A EPIDEMIAS – Durante o encontro, também foi debatida a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para propor um modelo de estrutura a fim de que cada estado possa enfrentar melhor as situações de surtos e epidemias e os impactos das mudanças climáticas. De acordo com o Governo Federal, o GT será coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.
“Não podemos esquecer o que o Brasil passou durante a pandemia de covid-19. Foram mais de 700 mil mortes. Essa reunião foi importante para reforçar os aprendizados, de forma que a gente possa enfrentar mais adequadamente os impactos da covid-19, a covid longa, e também para preparar o Brasil para outras situações críticas”, explicou o ministro.
Além da SBP, também participaram do encontro membros da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Associação Médica Brasileira (AMB), Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).
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