Começa amanhã, em Belo Horizonte (MG) o 1º Fórum da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sobre Violência na Infância e na Adolescência. O evento tem como objetivo discutir estratégias de prevenção e identificação de situações de risco, além de apresentar condutas para o encaminhamento adequado de casos suspeitos ou comprovados de violência contra crianças e adolescentes. Na programação, serão abordados temas como vulnerabilidade social, redes de apoio e proteção, desafios da era digital, entre outros.
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A palestra sobre “O adolescente e a rede de saúde: lacunas e impasses”, ministrada pela dra. Patrícia Regina Guimarães, do Departamento Científico de Adolescência da SBP, será um dos pontos altos do encontro. Conforme indica a especialista, o sistema de saúde brasileiro ainda possui diversas inabilidades no acolhimento dessa parcela da população pediátrica e, infelizmente, essas brechas possibilitam que vítimas de maus tratos ou em situação de fragilidade não encontrem suporte adequado.
“É necessário que se tenha mais entendimento sobre como acolher os adolescentes. Muitas vezes, eles chegam ao hospital desacompanhados e o profissional que realiza o primeiro contato questiona a presença desse jovem e nega atendimento. As unidades de saúde precisam refletir mais sobre o jovem que procura assistência. O direito à consulta é garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Quando o adolescente chega a buscar ajuda, provavelmente é porque está passando por uma circunstância social ou de saúde complexa”, afirma.
ERA DIGITAL – Durante o evento, outro importante tema que ganhará evidência na mesa-redonda “Influência das redes sociais na violência entre crianças e jovens” será o bullying virtual ou cyberbullying. Segundo a dra. Evelyn Eisenstein, do DC de Adolescência da SBP, as consequências negativas das mensagens de ódio disseminadas pela rede podem se manifestar como uma série de dificuldades físicas e mentais nos jovens.
“Problemas de sono, queda no rendimento escolar, ansiedade e outros transtornos de comportamento são alguns dos sinais a que pais, professores e pediatras devem estar atentos. De modo geral, o acesso ao mundo digital traz benefícios, mas também existem riscos. É preciso orientar os jovens sobre regras de segurança, limites éticos e tempo de utilização”, destaca.
PAPEL DO PEDIATRA – O presidente do Fórum, dr. Mário Hirschheimer, salienta que o evento como um todo representa uma oportunidade para aprofundar conhecimentos a respeito de assuntos atuais e extremamente relevantes, mas ainda pouco abordados nas universidades, durante a formação dos médicos.
“A partir das mudanças ocorridas nos últimos anos, o papel do pediatra se ampliou. Não basta mais atender o paciente apenas com foco em doenças. Nossa função também é identificar possíveis vítimas de violência, seja ela física ou psicológica, e estar preparado para intervir. O amparo ao paciente deve ocorrer sempre através de uma rede interdisciplinar”, enfatiza.
INSCRIÇÕES - O 1º Fórum SBP sobre Violência na Infância e na Adolescência é uma realização da SBP em parceria com a Sociedade Mineira de Pediatria (SMP). Além dos pediatras, o evento é voltado a professores, pedagogos, juristas, assistentes sociais, conselheiros tutelares e outros profissionais que atuam com crianças e adolescentes. Os associados adimplentes da SBP possuem desconto na inscrição do evento. Para conhecer mais detalhes e garantir uma vaga, ACESSE O SITE.
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