O 1º vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Edson Ferreira Liberal, marcou presença em um evento especial no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, para a Semana Nacional de Conscientização sobre Alergia Alimentar. Realizado em parceria com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), o evento aconteceu na última terça-feira (14) e teve como destaque a iluminação do maior símbolo brasileiro e uma das Sete Maravilhas do Mundo na cor azul, simbolizando o tema deste ano: “A Jornada do Paciente”. Diretores de ambas as instituições estiveram presentes na ocasião.
“Esta ação no Cristo Redentor foi de extrema importância para conscientizar a população sobre a alergia alimentar, seu correto diagnóstico e as formas de tratamento. Também teve como objetivo chamar a atenção dos gestores públicos para que a adrenalina autoinjetável seja ofertada a todos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, frisou o dr. Edson Liberal.
Em 2023, a Lei nº 14.371, sancionada pelo presidente da República, estabeleceu que, anualmente, a terceira semana do mês de maio é dedicada à celebração da Semana Nacional de Conscientização sobre Alergia Alimentar. Este ano, ela acontece de 13 a 19 de maio. Também estiveram presentes no evento o dr. Sidnei Ferreira (diretor financeiro da SBP) e o dr. Dirceu Solé (diretor científico da SBP).
ADRENALINA AUTOINJETÁVEL – “O único medicamento capaz de salvar a vida de uma pessoa com anafilaxia é a adrenalina autoinjetável, porém os brasileiros com anafilaxia ainda não dispõem do tratamento adequado, sendo obrigados a importar esses dispositivos a preços elevados e enfrentando dificuldades burocráticas para adquirir a medicação”, alerta o presidente da Asbai, dr. Fábio Chigres Kuschnir.
Segundo ele, a Asbai apoia e está envolvida com o Projeto de Lei nº 85/2024, que dispõe sobre fornecimento gratuito da caneta de adrenalina autoinjetável pelo SUS. O presidente da SBP, dr. Clóvis Francisco Constantino, “essa é uma luta também dos pediatras, para que esse produto esteja disponível em nosso País aos pacientes com quadros graves de anafilaxia”.
CARÊNCIA DE DADOS – No Brasil, embora faltem estatísticas oficiais, a prevalência de alergias alimentares parece alinhar-se com a literatura internacional. Esta aponta que cerca de até 8% das crianças menores de dois anos e 2% dos adultos sofrem de algum tipo de alergia alimentar.
Qualquer alimento pode causar alergia alimentar, porém os mais comuns são: leite, ovo, soja, trigo, peixes, frutos do mar, amendoim e castanhas. Os sintomas de alergia alimentar podem ser vários, como placas vermelhas que coçam pelo corpo, inchaços de boca, olhos ou outras partes do corpo, náuseas, vômitos. Os casos graves acompanham falta de ar, tosse, fechamento da glote e queda da pressão arterial – a chamada anafilaxia, que pode levar a óbito. Outras manifestações tardias também podem acontecer como diarreia, sangramentos nas fezes, vômitos incoercíveis etc.
O tratamento é baseado na retirada do alimento causador, e no caso de alimentos essenciais, como o leite e ovo em crianças pequenas, é necessário a sua substituição por outro que preencha as necessidades nutricionais do paciente, o que frequentemente causa um forte impacto socioeconômico negativo sobre o paciente e seus familiares.
*Com informações da assessoria de comunicação da Asbai.
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