A 2ª vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Anamaria Cavalcante e Silva, defendeu a necessidade de ampliar as políticas públicas com foco na primeira infância, durante o III Congresso Internacional dos Tribunais de Contas. O evento, realizado em Fortaleza (Ceará), entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro, teve como público membros e servidores de Tribunais de Contas de todo o Brasil.

Durante sua apresentação, a representante da SBP enfatizou o papel crucial do pediatra no cuidado contínuo das crianças na primeira infância. Ela destacou as diversas iniciativas defendidas pela SBP ao longo dos anos, focadas nessa fase crucial do desenvolvimento infantil. Entre elas, citou a ampliação da licença-maternidade; o treinamento sistemático de médicos e outros profissionais de saúde em técnicas de reanimação neonatal; as campanhas informativas sobre vacinação, aleitamento materno, prevenção à violência e síndrome alcoólica fetal; entre outras.

“Como política de Estado, um investimento substancial na primeira infância – período que vai da concepção até os 6 anos de idade – é crucial, pois esse momento da vida é considerado uma janela de oportunidades para o pleno desenvolvimento, bem-estar e saúde do ser humano. Apostar em ações de promoção da saúde integral no início da vida é uma estratégia que aumenta exponencialmente as possibilidades de uma vida adulta mais saudável”, orientou a dra. Anamaria Cavalcante.

A amamentação, a linguagem e o desenvolvimento social e cognitivo de modo geral são algumas das esferas que mais podem ser beneficiadas durante a janela de oportunidades da primeira infância. “Nesse sentido, o acompanhamento contínuo da criança por um pediatra, por meio de uma puericultura fortalecida na rede pública de saúde do País, auxiliaria numa melhora de vários dos nossos indicadores de saúde”, explicou a especialista.

O Congresso, que nesta edição colocou em pauta o tema “Desafios da governança, das responsabilidades fiscal e social e da sustentabilidade na era digital”, é promovido em conjunto pelo Tribunal de Contas do Ceará (TCE-CE), pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), pelo Instituto Rui Barbosa (IRB), pela Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), pela Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon) e pelo Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC).