77% dos casos de infecções por vírus respiratório em crianças de 0 a 9 anos foram causados por VSR, aponta pesquisa

Publicado em 26 de março de 2022.

Com a pandemia da covid-19, o mundo voltou sua atenção para o coronavírus. No entanto, outros vírus também têm ganhado mais espaço, principalmente com o relaxamento das medidas protetivas, como a redução do uso de máscaras. Na semana de 6 a 12 de março, a positividade de testes para o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) cresceu de 0,5% para 5,2%, segundo o levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), sendo as crianças as mais afetadas. De acordo com a pesquisa, 77% dos casos de infecções por vírus respiratório em crianças de 0 a 9 anos foram causados por VSR. 

Infelizmente, ainda não temos uma vacina para deter o vírus, porém, podemos usar alguns aliados. Um deles é o palivizumabe, um anticorpo monoclonal artificial, que se liga ao vírus para impedir a entrada dele em nossas células. Para a criança receber o palivizumabe, é necessária uma recomendação médica. Vale destacar que cada município tem os seus protocolos, então consulte a prefeitura de sua região, caso seu filho se encaixe nos critérios do Ministério da Saúde.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também recomenda que a aplicação seja feita em prematuros que nasceram entre 29 e 32 semanas de gestação. Inclusive, a instituição iniciou uma campanha para reforçar a prevenção em relação aos casos de vírus sincicial respiratório (VSR) em bebês que chegam ao mundo antes do tempo. "Um bebê mais vulnerável é como se a gente tivesse dentro de casa um imunocomprometido, alguém com câncer, alguém transplantado. O bebê prematuro tem uma imunidade mais rebaixada e por isso é mais vulnerável não só ao VSR, como à gripe, coqueluche e às pneumonias", reforça dr. Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP.

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