Depois de meses de imbróglio, chegou ao fim a diligência imposta ao Programa de Residência Médica da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), por conta do fechamento da área Materno-Infantil do Hospital São Lucas, ligado àquele centro de ensino. O resultado positivo foi fruto de um intenso trabalho da instituição e do apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), que pediram revisão da decisão à Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), vinculada ao Ministério da Educação.
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“A universidade trabalhou rápido, com o intuito de manter suas atividades docentes ativas e com qualidade. A estrutura administrativa da Escola de Medicina foi modificada, uma série de novos convênios assistenciais foram firmados e houve um investimento em infraestrutura dentro do campus, para compensar os espaços perdidos”, explicou o dr. Sérgio Luís Amantéa, presidente da SPRS, membro da Coordenação de Estágios e Residência em Pediatria da SBP e professor da Escola de Medicina da PUC-RS. Segundo ele, o corpo docente foi mantido e trabalhou para ajustar o PRM em Pediatria às exigências curriculares da CNRM.
O Programa passou a contar com quatro áreas conveniadas para as atividades assistenciais hospitalares, que são: Hospital Restinga e Extremo-Sul, Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, Hospital da Criança Santo Antônio e uma rede de postos de saúde gerenciados ou conveniados com a instituição. Essas iniciativas visaram a remodelação do programa para, assim, atender integralmente as propostas de formação neste novo cenário de três anos de duração do PRM (anteriormente, o tempo de duração era de dois anos).
“A SBP foi fundamental no processo de reconsideração da CNRM, no qual foi considerado o nosso esforço para a reformulação da estrutura da Escola de Medicina da PUC-RS. O trabalho árduo do nosso corpo docente foi reconhecido pela instituição que, ao lado da regional do Rio Grande do Sul (SPRS), foram as duas primeiras entidades representativas a nos dar esse crédito. Foi um reconhecimento da estrutura de ensino médico da nossa instituição, que carrega uma tradição no bem formar, em todas as suas instâncias de atuação, e que soube equacionar soluções aos seus problemas. A partir do apoio público da SBP, várias outras instituições também resguardaram o relatório de ações e iniciativas que foi encaminhado à CNRM”, gratifica-se dr. Leonardo Araujo Pinto, decano da Escola de Medicina da PUC-RS.
A importância do Programa de Residência Médica da PUC-RS é também ressaltada pelo dr. Sérgio Amantéa, que comemora o resultado positivo. “Nosso programa é um dos mais antigos do estado do Rio Grande do Sul, possui uma tradição de mais de 40 anos de funcionamento e contribuiu para a formação de cerca de 600 pediatras. Além disso, a Escola de Medicina completa 50 anos e recebeu a nota máxima na avaliação do Enade, sendo o único Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Pediatria avaliado com nota 6, segundo a Capes. Temos reconhecimento nacional e internacional e uma credibilidade construída ao longo desses anos, aliada a um corpo docente qualificado e uma estrutura administrativa comprometida, inclusive com os novos desafios desse novo cenário assistencial”, analisa.
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