Alta produção científica e homenagens marcam abertura do 15º Congresso Brasileiro de Adolescência


A alta produção científica feita pelo Departamento Científico de Adolescência foi destacada pelo 2º vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Edson Liberal, nesta quinta-feira (23), durante a solenidade de abertura do 15º Congresso Brasileiro de Adolescência. Na oportunidade, ele também destacou a importância de as mulheres estarem envolvidas em cargos de gestão e citou o ineditismo da Sociedade ao eleger a primeira presidente mulher em mais de um século de história.

“A maioria dos pediatras brasileiros são mulheres. Nossa presidente, dra. Luciana Rodrigues Silva, tem conduzido a SBP com total dedicação e pluralismo, estimulando os nossos Departamentos Científicos na produção de documentos que norteiam e atualizam todos nós, pediatras”, salientou.

Dr. Edson Liberal também chamou a atenção dos congressistas para a recém-criada Lei que estabelece critérios para o porte de armas no Brasil. “Precisamos nos armar de conhecimento. Essa lei não mudará os problemas de violência que existem no País. Isso é um retrocesso. A SBP já se manifestou contra a liberação do porte de armas, uma vez que o índice de mortes de crianças e adolescentes por armas de fogo é muito elevado”, frisou.

A presidente do Congresso, dra. Maria Sylvia de Souza Vitalle, agradeceu a todos os congressistas, que lotaram o auditório, e relembrou o primeiro Congresso de Adolescência, realizado em São Paulo na década de 1980. “A Adolescência está inserida em tudo em nosso País. Esse Congresso é um presente e uma oportunidade de ampliar as discussões e a troca de experiências. São 30 anos de saúde do adolescente, desde quando ocorreu o primeiro congresso da área”.

CARTA DE SÃO PAULO – Na abertura, dois estudantes da Escola Viva, de São Paulo, fizeram a leitura de uma carta produzida durante o Fórum de Adolescentes, e que será direcionada à diretoria-executiva da SBP. No documento, os alunos expressaram pontos de vista sobre a tecnologia, a partir de questões disparadoras feitas nas palestras, cujos tópicos poderão resultar ou nortear novos documentos científicos voltados à saúde dos adolescentes.

“Propomos o incentivo da procura de opiniões diversas para desconstruir um imaginário preconceituoso e um exercício de ouvir. Não pensamos que o controle dos responsáveis seja benéfico para a resolução do conflito (...) Propomos uma maior conscientização dos jovens e adultos para o autocontrole quanto ao uso da tecnologia. Pois, afinal de contas, os filhos não fazem o que os pais mandam, eles os imitam”, diz trecho da Carta.

HOMENAGEM – Ao fim da solenidade de abertura, a Comissão Organizadora entregou certificados em homenagem em reconhecimento pela importância na Medicina Adolescente no Brasil e na América Latina às dras. Albertina Duarte Takiuti; Maria Ignez Saito; Maria Verônica Gabriela Coates; e Mônica Elba Borile (América Latina).

Também participaram da mesa de abertura às dras. Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo, presidente do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria; Mônica Elba Borile, vice-presidente do Codajic; Isabel Del Carmen Gomes, representante da Associação Latino-americana de Pediatria (Alape); Maria Del Carmen Calle Dávila, representante da International Association Adolescence Health (IAAH); Albertina Duarte Takiuti, Coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente do Governo do Estado de São Paulo; Sonja Caffe, representante da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) da Organização Mundial de Saúde ( OMS); Paula Yoshimura, conselheira do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp); além do representante do Ministério da Saúde (MS), Luís Cláudio Barcelos.

REPERCUSSÃO

Cremesp debate aspectos da saúde do adolescente durante o 15º Congresso Brasileiro de Adolescência