A proposta da SBP de Residência em Pediatria com duração de três anos foi aprovada hoje, por unanimidade, pela plenária da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), em Brasília. “Uma grande vitória, um reconhecimento do valor do trabalho do pediatra, um marco para a qualificação profissional”, comemora o dr. Eduardo Vaz.
Apresentado desde 2006 à Comissão, reiterado agora com pequenos ajustes, o projeto para a formação pediátrica foi exposto dra. Sandra Grisi, diretora de Ensino e pesquisa da Sociedade. Está em sintonia com o currículo elaborado pelo Global Pediatric Education Consortium (GPEC) – instância formada por instituições de cerca de 50 países, entre as quais a SBP. “O cenário internacional favoreceu o que a Sociedade vinha defendendo há anos”, lembra o dr. Dioclécio Campos Jr., representante da entidade no GPEC.
“O pediatra do século XXI deve prestar assistência integral ao ser humano em crescimento e desenvolvimento, atuar em ambiente que está em constante transformação social, cultural, científica. A pediatria mudou e os novos conhecimentos necessários ao bom profissional de hoje não cabem em apenas dois anos de residência”, salientou a dra. Sandra na plenária.
No debate, dr. Antonio Figueira, secretário de saúde de Pernambuco, representante do Conselho dos Secretários de Saúde (CONASS), ressaltou: “A criança é prioridade, é preciso aprovar logo a proposta”. Votaram também favoravelmente todos os demais presentes: Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Federação Brasileira das Academias de Medicina, Ministério da Saúde e Ministério da Educação. A plenária foi coordenada pela dra. Maria do Patrocínio Nunes, secretária-executiva da Comissão Nacional de Residência Médica.
Novo currículo e curso para preceptores
O currículo proposto pela SBP e pelo GPEC visa uma assistência “global, não fragmentada, que não vê a criança como uma soma de vísceras e sistemas”, frisa o dr. Dioclécio.“Trata-se de uma proposta mais detalhada, um roteiro que desenvolve como deve ser o exame físico, explicita questões sobre o diagnostico e o tratamento e também sobre ética e direitos da criança”, explica.
Segundo o dr. Eduardo Vaz, a proposta começará a ser implantada em 2014 em algumas universidades e serviços, a maioria visitados recentemente pelo presidente da SBP e pelo representante no GPEC e que já se interessaram: Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Hospital Pequeno Príncipe (Curitiba, Paraná), Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP/ Recife, Pernambuco) e Hospital dos Servidores (Rio de Janeiro) – onde drs. Eduardo (foto) e Dioclécio estiveram ontem, reunidos com os residentes e com o chefe do Serviço de Pediatria, dr. Gil. Simões Batista. Representantes dessas instituições foram convidados para um Curso de Formação de Preceptores de Residência Médica em Pediatria, que ocorrerá em Brasília, dias 8 e 9 de agosto, oferecido pela SBP e pela UnB. As demais terão dois anos para se adequarem ao novo currículo.
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