O Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou na última semana a nota de alerta “Atenção aos aspectos nutrológicos da criança com COVID-19 em acompanhamento ambulatorial/domiciliar”, em que são apresentadas considerações acerca da nutrição das crianças e, sobretudo, daquelas acometidas pela própria enfermidade que se encontram em acompanhamento ambulatorial ou domiciliar ou em seguimento após a alta hospitalar.
ACESSE AQUI A ÍNTEGRA DA NOTA DE ALERTA
Segundo o documento, com a maior permanência das famílias no domicílio, consequentemente, das crianças e adolescentes, e as situações ameaçadoras para a saúde física e mental de todos, há mudanças no comportamento alimentar e, na maioria das vezes, o favorecimento de maior ingestão de energia e maiores consumos de gorduras, proteínas e carboidratos.
Os estudos publicados sobre esta mudança de hábitos ainda são poucos, embora outros diversos estejam em desenvolvimento em diferentes situações de isolamento social, confinamento, fechamento total de áreas (lockdown) e mesmo em ausência de medidas de proteção.
O maior tempo das crianças dentro de casa, o aumento de informações sobre a doença e o risco de morte pode acarretar ansiedade, medos e maior possibilidade de transtornos de comportamento. Consequentemente, a família passa a comer em excesso, embora isso não signifique comer bem, incluindo alimentos açucarados ou alimentos hedônicos, que podem favorecer, de certa forma, o humor e o “bem-estar”.
“É importante estar atento e cuidar dos hábitos nutricionais de forma equilibrada e saudável, para que se possa garantir a ingestão adequada de macronutrientes, minerais, antioxidantes e vitaminas. A boa nutrição passou a ser prioritária. Portanto, recomenda-se a manutenção da ingestão de alimentos que são boas fontes de nutrientes imunomoduladores, o planejamento adequado dos horários, das porções e do tempo das refeições, assim como atitudes sempre positivas em relação ao período que estamos vivenciando”, diz trecho do documento.
Composta por 16 páginas, a nota de alerta da SBP traz perguntas e respostas frequentes, tais como quais crianças têm risco para Covid-19; por que estas crianças merecem atenção nutricional especial; como fazer a avaliação nutricional e quais os riscos para a criança com coronavírus; ponto de vista nutricional a criança com Covid-19 em domicílio; entre outras.
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