O 40º CBP também promoveu no último dia de evento um bate-papo sobre os benefícios e os riscos do mundo digital na vida das crianças e dos adolescentes. Responsável por muitos progressos em prol da humanidade, a tecnologia, ou excesso dela, também levanta muitos questionamentos em torno dos riscos e benefícios no desenvolvimento físico e psicológico do público infanto-juvenil.
Iniciando o colóquio, a moderadora, dra. Evelyn Eisenstein, integrante do Departamento de Adolescência da SBP, levantou alguns questionamentos: quantos de vocês acham que as crianças e os adolescentes estão fazendo uso excessivo dos equipamentos tecnológicos? Conseguem perceber alterações comportamentais e já tiveram que lidar com esses problemas no consultório? As respostas foram unânimes entre a plateia, que confirmou já sentir e conviver com as transformações advindas do universo digital.
Em complemento às inquietações, o dr. Almir de Castro relatou o aumento de visitas aos consultórios. “Antes, cada paciente tinha a rotina de uma consulta mensal, agora, são duas. Os pais e os responsáveis estão tão submersos também na internet que esquecem de observar melhor a saúde dos seus filhos, de conversar, entender as dores, as aflições, a gravidade das doenças e, algo mais preocupante, estão tão imediatistas que acham que as soluções ‘mágicas’ podem ser enviadas via WhatsApp, por exemplo”, complementou.
PONTOS POSITIVOS – Equilíbrio foi o ponto defendido pelo dr. Eduardo Jorge Custódio. Os caminhos positivos traçados pela tecnologia trazem benefícios aos seres humanos. Avanços, melhorias, equipamentos que facilitam a vida, incluem, dão esperança e se, utilizados de forma assertiva, até aproximam as pessoas, mesmo separadas por quilômetros de distância.
“O ponto que ainda não encontramos foi o equilíbrio. O mundo digital é fantástico e somos sim dependentes dele. No entanto, é necessário ponderar o tempo de uso, como e com qual finalidade estamos utilizando e incentivando os demais. Que os pais possam ter como base o próprio manual da SBP que indica ‘nada de telas antes dos 2 anos de idade’, que haja o equilíbrio entre brincadeiras ao ar livre, estudos e o tempo limite de frente às telas”, recomendou o dr. Eduardo.
A dra. Beatriz Elizabeth Bermudez também trouxe exemplos positivos proporcionados pela tecnologia, como a possibilidade de melhorar a qualidade de vida e a independência de pessoas com deficiência, a fim de tornar igualitário o acesso aos afazeres do cotidiano, às oportunidades, ao emprego e a uma vida melhor. Essa tecnologia se utiliza de produtos, recursos, metodologias, serviços e práticas favoráveis à capacitação e o progresso das pessoas que requerem uma atenção especializada.
“Temos hoje no mercado um leque de possibilidades – nem sempre tão acessíveis – que facilitam e auxiliam na quebra de barreiras e da dependência da pessoa com deficiência como óculos que auxiliam pessoas cegas na leitura, bengalas inteligentes que alertam os obstáculos, pernas robóticas, veículos elétricos inteligentes, recursos de acessibilidade ao computador, tablets, smartphones”, expôs a dra. Beatriz.
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