Bebês nascidos de mães vacinadas contra a covid-19 têm anticorpos persistentes seis meses após nascimento, aponta estudo

Publicada em 10 de fevereiro de 2022.

A lista de benefícios da vacinação de gestantes ganhou mais um item, mesmo que indiretamente. Um estudo apontou que a imunização contra a covid-19 resultou em uma persistência maior de anticorpos nos bebês aos 6 meses de vida, após comparação com as crianças nascidas de grávidas que foram infectadas naturalmente com o vírus. Publicada na revista acadêmica Jama, na última segunda-feira (7), a pesquisa buscou analisar a durabilidade dos anticorpos anti-Spike (proteína do coronavírus) nos recém-nascidos.

A pesquisa sobre a durabilidade dos anticorpos dos bebês foi bem recebido pela comunidade médica. Dr. Moises Chencinski, pediatra e membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), ressaltou que esse trabalho lança uma luz sobre dados que não tínhamos até o momento. "Apesar de não sabermos se a quantidade de anticorpos maternos que passa para o bebê pela vacina ou pela doença é suficiente para evitar ou diminuir a gravidade da infecção, pelo menos já se sabe que eles duram 6 meses nas crianças cujas mães foram vacinadas contra a covid-19 entre a 20ª e a 32ª semanas de gestação", esclarece o médico.

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