O contato com a natureza propicia relaxamento, estimula a curiosidade, a criatividade e a autonomia das crianças durante sua fase de crescimento e desenvolvimento corporal, cerebral e emocional, que trarão reflexos positivos para toda a vida. Experiências na natureza, como o brincar, por exemplo, já são prescritas por pediatras Brasil afora, reforçando a importância de explorar a convivência nesse ambiente. Para falar sobre os benefícios que a natureza tem na saúde e bem-estar de crianças e adolescentes, o programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, recebe, no próximo dia 2 de outubro, às 13h30, a médica e presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Luciana Silva, para um bate-papo ao vivo que será transmitido gratuitamente por meio do Facebook e Instagram do programa.
De acordo com a especialista, apesar da literatura médica já reconhecer os benefícios obtidos através de brincadeiras, atividades de lazer e aprendizado ao ar livre, há cada vez menos oportunidades para a população pediátrica usufruir desse direito universal nas cidades brasileiras. Para a pediatra, é necessário refletir sobre o modo de vida que tem sido proporcionado às crianças.
“Existem diversos avanços relacionados à infância e adolescência no Brasil, como o aumento da escolaridade e o combate à exploração do trabalho infantil. No entanto, não podemos deixar de considerar que os efeitos da urbanização, entre eles, o distanciamento da natureza, a redução das áreas naturais, a poluição ambiental, bem como a falta de segurança e de qualidade nos espaços públicos, levam a população a passar a mais tempo em ambientes fechados e isolados”, alerta.
Durante a conversa, mediada por Maria Isabel de Barros, pesquisadora do Criança e Natureza, a pediatra orientará profissionais da saúde, educadores, pais, mães e responsáveis, sobre como inserir doses diárias de natureza na vida das crianças. Além disso, comentará algumas recomendações que constam na publicação “Manual de Orientação”, que aborda sobre os benefícios da natureza no desenvolvimento de crianças e adolescentes como elemento para prevenir as cargas de estresse, ansiedade, distúrbios de falta de atenção, obesidade, entre outras questões que podem afetar a saúde dos pequenos e das pequenas.
Lançado em julho deste ano, o documento, elaborado pelo Grupo de Trabalho em Saúde e Natureza em parceria com o programa Criança e Natureza e a Sociedade Brasileira de Pediatria, traz informações – que enfatizam a necessidade de incentivar atividades e passeios ao ar livre como forma de promover o desenvolvimento infantil saudável. O “Manual” está disponível gratuitamente aqui.
“A natureza é reconhecida e recomendada pelos pediatras, profissionais de confiança de muitos pais e mães, que incentivam a adoção de hábitos que incluam a natureza próxima no cotidiano das famílias, como forma de oferecer experiências e momentos que contribuam com a formação saudável das crianças. Para nós é muito importante promover essa conversa, aproximar esses públicos e mostrar que as crianças e adolescentes precisam da natureza tanto quanto a natureza precisa deles para permanecer viva”, explica Laís Fleury, coordenadora do programa Criança e Natureza.
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