Caminhada azul celebra o Dia Mundial do Diabetes, em Rio Branco (AC)

“Uma ação pioneira e exitosa em prol da conscientização a respeito do diabetes”, foi assim que a presidente da Sociedade Acreana de Pediatria (SAP), dra. Teresa Cristina dos Santos, definiu a Caminhada Azul, realizada pela entidade, em Rio Branco (AC). O evento, promovido em parceria com o ambulatório pediátrico “Doces Guerreiros”, da Policlínica Tucumã, teve como objetivo chamar a atenção da população para essa doença crônica, que provoca altas taxas de açúcar no sangue.

Realizada à margem do Lago da Universidade Federal do Acre (UFAC), na última semana, a ação teve como mote o Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro. Cerca de 80 crianças, adolescentes, familiares e pediatras participaram da caminhada, que, de acordo com sua coordenadora, dra. Catarina de Souza, contribuiu para informar a sociedade sobre as formas de prevenção à doença.

“Investir na educação em saúde, especialmente durante a infância e adolescência, constitui em um dos melhores caminhos para evitar o surgimento de patologias crônicas evitáveis, incluindo a diabetes tipo 2. Ingerir alimentos mais adequados, numa dieta balanceada, e praticar regularmente atividades físicas são orientações básicas. O uso de aparelhos eletrônicos e o consumo de comidas pouco nutritivas não devem dominar a rotina das crianças”, informou.

SINTOMAS - Dentre os principais sintomas relacionados ao diabetes, encontram-se: perda de peso repentina; vontade de urinar frequente; sede excessiva; cansaço ou falta de energia para realizar atividades cotidianas; e formigamento ou câimbras. “Caso alguma dessas situações seja observada, os pais devem levar a criança ou o adolescente ao pediatra o mais brevemente possível para que sejam solicitados exames diagnósticos”, alerta dra Catarina.

Outro tópico destacado pela especialista é a importância do conhecimento no combate ao preconceito contra os pacientes com diabetes, uma vez que muitas pessoas ainda associam o problema à incapacidade, em especial em relação ao tipo 1 da doença. Segundo conta, “de modo geral, ainda existem lacunas de informação. O paciente com diabetes pode levar uma vida absolutamente normal, desde que siga os procedimentos diários do tratamento, que em sua maior parte são conduzidos por ele mesmo ou pelos familiares. A aplicação de insulina ocorre em conformidade com a orientação médica, adaptada a cada paciente”.

Ainda segundo dra. Catarina de Souza, o ambiente escolar desempenha um papel fundamental na integração de crianças e adolescentes e deve estar preparado para amparar e combater possíveis práticas de exclusão social ou bullying. “No caso de creches e escolas, a recomendação é para que os pais informem a situação à direção e aos professores. Em contrapartida, a instituição deve estar capacitada para executar os procedimentos necessários em casos de hipoglicemia, hiperglicemia ou outra intercorrência”, finaliza.