Informar é uma das mais potentes formas de prevenção e de alerta sobre os riscos do consumo de álcool durante a gravidez. Por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) se uniu à campanha do Centro de Informação sobre Saúde e Álcool (CISA) que, juntamente com a Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), promoverá, entre os dias 6 e 10 de setembro, a Semana de Prevenção das FASD (da sigla em inglês Fetal Alcohol Spectrum Disorders). Em português traduzido como “espectro de alterações fetais devidas ao álcool”, apresenta a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) como o transtorno mais grave do espectro.
No Brasil, estima-se que 15% das gestantes consomem bebidas alcoólicas, um fator de risco relevante para o desenvolvimento desses transtornos neurológicos e neurocomportamentais, além de danos congênitos. Vale ressaltar que muitas agem assim por desconhecer a importância de abster-se totalmente do álcool desde o início da gestação para evitar danos irreversíveis à saúde dos bebês.
Dessa forma, a campanha tem como objetivo disseminar o conhecimento científico sobre o tema. A ação, que conta também com o apoio da Marjan Farmacêutica, acontece nas redes sociais das instituições, com publicação diária de conteúdos especiais sobre os efeitos do álcool no feto, consequências para a saúde do bebê, diagnóstico precoce e tratamento, dentre outros. No dia 9 de setembro, Dia Mundial da SAF, será postado um vídeo especial, convidando os seguidores a compartilhar e ajudar na divulgação do tema.
RISCOS – Estudos indicam que o álcool atravessa a placenta, o que permite que, em pouco tempo, a concentração dessa substância no sangue fetal se torne equivalente à materna. Entretanto, o organismo do feto, ainda em formação, não consegue metabolizar o álcool, que permanece no seu sangue por mais tempo, até ser eliminado pela circulação materna. Assim, a recomendação é para que gestantes não consumam qualquer tipo ou quantidade de bebida alcoólica durante a gestação.
As consequências vão de disfunções mais sutis, englobadas no espectro de alterações fetais devido ao álcool, até o desenvolvimento da SAF, podendo ocorrer anormalidades faciais, hiperatividade, dificuldade de aprendizado, linguagem e memorização, problemas comportamentais e até complicações cardíacas. O tipo e a gravidade dos prejuízos induzidos pelo álcool dependem do padrão de exposição pré-natal, da dose e do estágio de desenvolvimento do embrião ou do feto no momento da exposição.
*Com informações da Assessoria de Comunicação do CISA
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