Sensibilizar os brasileiros sobre os riscos que o diabetes oferece para a saúde ocular. Esse foi o objetivo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) ao se unir à segunda edição da campanha “24 horas pelo diabetes”, realizada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). A ação contou com o apoio de mais 47 entidades médicas e promoveu uma maratona de atividades on-line e presenciais, com vídeos educativos; entrevistas; aulas temáticas; debates; teleorientação com médicos de diversas especialidades; e mais. Os conteúdos continuam disponíveis para acesso em: https://www.24hpelodiabetes.com.br/.

Com 84,2 mil de pessoas alcançadas nas mídias sociais, mais de 2 mil engajamentos, e pauta de 848 veículos de imprensa, a campanha mobilizou para a prevenção, diagnóstico e tratamento precoce da retinopatia diabética – uma doença decorrente do diabetes, que pode causar graves complicações à saúde ocular, como a cegueira, caso não seja devidamente tratada.

A iniciativa – realizada em novembro do ano passado – foi vista pela presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva, como um exemplo da utilização das tecnologias e mídias digitais de uma forma benéfica para a sociedade. “A informação tem um poder valioso de trazer mudanças significativas para a saúde e bem-estar de milhares de pessoas. Ao apoiarmos a campanha, reforçarmos nosso compromisso na promoção de uma vida mais saudável para os brasileiros, especialmente para as nossas crianças e adolescentes”, destaca.

Durante oito horas, médicos especialistas se voluntariaram para realizar teleorientação gratuita para esclarecer dúvidas de pacientes. Além dos atendimentos virtuais, a ação promoveu mutirões de assistência pelo Brasil. No total, 24 cidades receberam a campanha que atendeu mais de 10 mil pessoas.

CENÁRIO - Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem mais de 17 milhões de pessoas diagnosticadas com diabetes. Em 2021, o Atlas da Federação Internacional do Diabetes (IDF, em inglês), colocou o País em sexto lugar no ranking mundial da doença. Para dra. Luciana os dados apontam para uma situação alarmante que destaca a importância de ações de conscientização. “A prevenção começa ainda na infância, por esse motivo, é fundamental nós pediatras estarmos atentos e orientarmos nossos pacientes e seus familiares”, pontua.