Campanha mundial para alertar sobre Imunodeficiência Primária

Com o diagnóstico precoce, pacientes podem ter vida normal e evitar complicações  “A importância do diagnóstico e do tratamento precoce de pacientes com Imunodeficiência Primária (IDP)” é o tema da campanha mundial que conta com participação do Instituto da Criança (ICr) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). O …

Com o diagnóstico precoce, pacientes podem ter vida normal e evitar complicações

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 “A importância do diagnóstico e do tratamento precoce de pacientes com Imunodeficiência Primária (IDP)” é o tema da campanha mundial que conta com participação do Instituto da Criança (ICr) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). O alerta será dado amanhã, dia 23 de abril, às 10h, em frente ao Instituto (Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 647, SP). Balões vermelhos serão soltos para chamar atenção para a causa.

As IDP são um grupo de mais de 200 doenças diferentes causadas por defeitos no funcionamento do sistema imunológico. A criança que nasce com alguma dessas deficiências se torna vulnerável a um grande número de infecções graves. As primeiras manifestações costumam ocorrer na infância, muitas vezes já nos primeiros meses de vida.

A campanha “Global Ballons & Bubble Launch”, que será realizada no mundo todo, quer conscientizar os médicos e a população para os sinais de alerta que as IDPs apresentam, pois a manifestação dessas doenças são infecções, como pneumonia e diarreias persistentes.

Presidente do Conselho Diretor do ICr e integrante da Academia Brasileira de Pediatria (ABP), a professora Magda Carneiro-Sampaio salienta que é de extrema importância detectar a IDP o mais rapidamente possível. “O diagnóstico incorreto pode ser fatal para o paciente. No entanto, se a doença for identificada e tratada precocemente, a criança poderá levar uma vida normal”. O HC tem um papel muito importante no tratamento das pessoas que têm as IDPs. “Fazemos pesquisas e, em alguns casos, realizamos transplante de células hematopoiéticas, que podem curar e trazer qualidade de vida para nossos pacientes”, diz a professora.

Sinais de alerta

Estudo levantou que nos EUA atualmente 250 mil pessoas apresentam imunodeficiência primária, o que contabiliza uma em cada 1.200. No Brasil, estima-se que 170 mil pessoas sofram desse mal. As crianças que apresentam ocorrência de infecções frequentes ou graves e histórico familiar devem procurar médicos especializados. O governo disponibiliza gratuitamente o tratamento ao paciente de IDPs em centros espalhados pelo país.