Câncer infantojuvenil e diagnóstico precoce

Departamento de Oncohematologia da SBP Na criança e no adolescente, o câncer compreende de 1 a 3% de todas as neoplasias malignas, estimando-se no mundo, incidência anual de cerca de 200.000 casos. No Brasil, de acordo com registros consolidados, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) calcula a ocorrência de mais de 9.000 casos novos de …

Departamento de Oncohematologia da SBP

Na criança e no adolescente, o câncer compreende de 1 a 3% de todas as neoplasias malignas, estimando-se no mundo, incidência anual de cerca de 200.000 casos. No Brasil, de acordo com registros consolidados, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) calcula a ocorrência de mais de 9.000 casos novos de câncer infantojuvenil por ano. Trata-se também da primeira causa de óbito por doença entre as crianças e adolescentes de 1 a 19 anos de idade para todas as regiões do Brasil.

Os tumores malignos na criança tendem a apresentar menores períodos de latência, crescem quase sempre rapidamente, são geralmente invasivos e respondem melhor à quimioterapia. Diferentemente do câncer do adulto, na criança as neoplasias geralmente afetam as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que no adulto compromete as células do epitélio que recobre os diferentes órgãos. As neoplasias malignas pediátricas mais frequentes são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas.

No Brasil, fundamentado nos dados dos registros de câncer consolidados, infelizmente muitos pacientes são encaminhados aos centros de tratamento com a doença em estágio avançado.

O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil (lei nº 11.650, de 4 de abril de 2008),  lembrado oficialmente em 23 de novembro, visa estimular as ações educativas associadas à doença, promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral às crianças e adolescentes com câncer e divulgar os avanços técnico-científicos na área. Várias ações estão sendo realizadas no “Novembro Dourado”,com a utilização do laço na cor que simboliza essa luta.

A detecção do câncer em estágios mais localizados reduz consideravelmente as complicações agudas e tardias do tratamento, além de contribuir para maior percentagem de cura. Nesse contexto, o pediatra tem papel fundamental, pois lhe compete incluir e investigar a hipótese de câncer em algumas situações clínicas da prática pediátrica.

Leia no SBP Ciências texto do Departamento Científico de Oncohematologia sobre sinais e sintomas de alerta de câncer na criança e no adolescente.